TRE adia para próxima segunda julgamento de prefeito de Corumbá
Denúncia a partir de inquérito da Polícia Federal era primeiro item para ser votado hoje
A pedido do relator, o juiz José Eduardo Chemin Cury, o TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) retirou da pauta o início da análise de um inquérito da Polícia Federal que imputa ao prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes, dois crimes cometidos em 2020, durante o período da campanha eleitoral, quando foi reeleito. Era o primeiro tema marcado para a sessão de hoje e agora ficará para a sessão de julgamentos do dia 10.
Sendo considerada procedente, a ação pode resultar em condenação e inelegibilidade dele e de dois servidores que atuaram na campanha. As condutas imputadas pela PF são corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral, que, juntas, têm pena de até 9 anos, além de multa. Havendo condenação pelos membros do TRE, que é composto por dois desembargadores, dois juízes estaduais, um federal e dois advogados, o prefeito pode ficar inelegível por oito anos.
A apuração envolveu a realização de uma operação pela PF, com os dados e provas reunidos em denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça. A reportagem teve acesso ao documento no final do ano passado, quando foi possível verificar a imputação de pelo menos 24 condutas ilegais, favorecendo eleitores e prejudicando a lisura da eleição.
Além de Iunes, a denúncia foi feita contra Marconi de Souza Junior e a então secretária-adjunta de Saúde, Mariluce Gonçalves Leão, responsável pela Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde.