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Política

TRE analisa publicação patrocinada de Camila Jara pedindo voto fora do prazo

Deputada federal tem cinco dias para se defender em ação movida por suplente do Partido Progressista

Por Gabriela Couto | 28/02/2024 13:13
Do lado esquerdo: suplente do PP e secretário-adjunto da Semadesc, Walter Carneiro Júnior; à direita, deputada federal Camila Jara (PT) (Foto: Reprodução)
Do lado esquerdo: suplente do PP e secretário-adjunto da Semadesc, Walter Carneiro Júnior; à direita, deputada federal Camila Jara (PT) (Foto: Reprodução)

Deputada federal Camila Jara (PT) pode perder o mandato e ficar inelegível por oito anos, caso seja condenada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) por uso indevido dos meios de comunicação social e prática de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

Ela tem cinco dias para responder a ação que tramita na Justiça Eleitoral, conforme determinação do desembargador Julizar Barbosa Trindade, relator do caso. A parlamentar é pré-candidata a prefeita de Campo Grande e tem as redes sociais sua principal aliada na divulgação do mandato .

A investigação foi provocada pelo candidato do PP e atual secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Walter Benedito Carneiro Júnior.

Ele entrou com o pedido de investigação no dia 12 de dezembro de 2022. “Foi identificado no relatório da empresa Meta, que é gestor das redes sociais e que tivemos acesso, que a deputada impulsionou pedido de voto no sábado e domingo, sendo que pela legislação era permitido até meia noite, de quinta-feira. É crime eleitoral. O vídeo teve alcance de 2 milhões de pessoas”, explica Walter.

A expectativa é que a deputada seja cassada e consequentemente os votos dela sejam anulados. “Assim anularia uma vaga do PT e o PP faria mais um candidato. Eu sou o primeiro suplente do PP. Queremos que a justiça decida o mais rápido possível”.

Em nota, a assessoria de imprensa da deputada afirmou que Camila agiu de acordo com a legislação eleitoral e que a parlamentar confia na justiça brasileira.

“A ação judicial sobre suposta propaganda fora do prazo e gastos irregulares, em trâmite no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS), já teve defesa apresentada por seus advogados com fatos que comprovam a legalidade das propagandas eleitorais no pleito passado. O próprio Ministério Público Federal (MPF), em pareceres apontados nos autos, entendeu que a candidatura da parlamentar petista obedeceu à legislação eleitoral”.

A deputada enfatizou que “os adversários políticos devem respeitar os 54 mil votos e disputar as eleições na opinião pública”.

A nota destaca o fato de Camila ser a única mulher eleita para a bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara Federal e uma das mais jovens do Brasil.

“Sua expressiva votação reforça a vontade do povo e a necessidade de haver no parlamento uma representante que defenda os direitos das minorias e lute pela redução de desigualdades e por uma sociedade mais justa”.

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