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Política

TSE se preocupa com abstenção recorde no País; na Capital, quase 1/3 faltou

Os ausentes, somados a votos brancos e nulos, chegaram a 34,8% dos eleitores

Por Maristela Brunetto | 28/10/2024 07:05


Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Segundo turno teve abstenção recorde, comparada ao auge da pandemia de covid 19 (Foto: Henrique Kawaminami)
Segundo turno teve abstenção recorde, comparada ao auge da pandemia de covid 19 (Foto: Henrique Kawaminami)

RESUMO

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O segundo turno das eleições no Brasil teve a maior abstenção desde o auge da pandemia de Covid-19, com 29,5% dos eleitores não comparecendo às urnas. A ministra Carmen Lúcia, presidente do TSE, afirmou que os dados de abstenção merecem análise, principalmente em cidades com altas taxas de faltas, como Campo Grande e Porto Alegre. As causas da abstenção variam, desde condições climáticas até a desinformação. Apesar dos desafios, a ministra considera que as eleições transcorreram com segurança e tranquilidade, demonstrando a solidez da democracia brasileira.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considera que as abstenções no segundo turno no País chegaram a patamares tão elevados que merecem ser analisados pela Corte, representando 29,5% dos eleitores. Em Campo Grande, no primeiro turno, os faltosos somaram 25,50% e no segundo turno foram 28,60%, representando 28,60% do eleitorado. Os números superam até as ausências de 2020, ano auge da pandemia da covid-19.

A soma de ausências, brancos e nulos representa 34,8% do eleitorado, sendo 184.812 faltas - (28,60%), com 16.871 (3,66%) anulando o voto e 11.704 (2,54%) não marcando nada na urna, deixando a opção de nome em branco.

Em entrevista coletiva ontem (27), após a conclusão da votação, a ministra Carmen Lúcia, presidente do TSE, considerou que é preciso analisar os dados nacionais para entender o fenômeno da abstenção elevada. Ela considerou que em determinados locais poderia ser atribuído a questões climáticas, caso de Porto Velho (RO).

Houve cidades com 16% de faltosos, enquanto outras com 30%.

“Em geral, nós fazemos essa apresentação por números pela média nacional, mas a causa não haverá de ser igual em um local que teve chuva demais e em um local que teve estiagem. Para que eu apresente isso para o Brasil em um relatório final das eleições, de uma forma esmiuçada, pormenorizada, é preciso que a gente tenha esses dados de uma forma mais específica”, disse a ministra. A análise dos números deve ser apresentada antes da diplomação dos eleitos, explicou, segundo o jornal Valor Econômico.

Em grandes colégios eleitorais, a situação foi de percentuais elevados e superando a série histórica, iniciada em 1996. Em Porto Alegre, que teve um ano difícil, assolada por enchente, 34,83% não foram às urnas; em Belo Horizonte foram 31,95%, bem próximo do registrado em São Paulo - 31,95%.

O segundo turno foi realizado ontem em 51 cidades. Somente três contaram com a presença da Força Nacional: Palmas (TO) e Caucaia e Fortaleza, no Ceará. A ministra considerou que as poucas ocorrências no dia deram “o atestado que a democracia brasileira está funcionando com instituições sólidas e seguras”.

Ela reconheceu o desafio de lidar com as fake news e desinformação, que seguem firme durante o período eleitoral. A presidente ponderou que as motivações específicas mudam e, consequentemente, serão necessárias resoluções próprias para lidar com a situação.

Números finais – A prefeita Adriane Lopes (PP) foi reeleita com 222.699 votos, representando 51,45% dos votos válidos. Rose Modesto (União) teve 210.112 votos, 48,55% dos votos válidos. A soma de faltas, brancos e nulos superou os votos de Rose, com 213.387.

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