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Política

Uso de impressora para jogo do bicho não altera posição da Assembleia sobre Neno

Servidor que usou o equipamento foi exonerado e segundo presidente da Alems, o restante é com policia e MP

Por Lucia Morel | 01/03/2024 17:03
Deputado Neno Razuk em trabalho na Assembleia Legislativa. (Foto: ALEMS - Luciana Nassar / Wagner Guimarães)
Deputado Neno Razuk em trabalho na Assembleia Legislativa. (Foto: ALEMS - Luciana Nassar / Wagner Guimarães)

As últimas revelações sobre suposto esquema de jogatina comandada pelo deputado Roberto Razuk, o Neno Razuk, não mudam a situação dele na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Reportagem desta quinta-feira, publicada pelo Campo Grande News, expôs o uso de impressora do gabinete do deputado por ex-servidor, para imprimir fotos coloridas de locais usados por rivais no jogo do bicho, que eram monitorados.

O presidente da Casa de Leis, Gerson Claro, afirma que o que a Assembleia poderia fazer, foi feito: exonerar o assessor de Neno, Diego de Souza Nunes, assim que a investigação começou. Com relação a Neno, qualquer ação só pode começar caso a Alems seja provocada, por um partido político, por exemplo, que questione a ação de Neno, diz Claro.

“A Constituição Federal diz que em caso de crime comum, o juiz deve informar a Assembleia, só, mas em havendo alguma solicitação ou requerimento de algum partido, aí a assembleia precisa decidir”, explicou Claro, reforçando que o restante é papel da polícia e do Ministério Público. A situação de uso do aparelho foi relatado pelo Campo Grande News aqui.

Segundo Claro, não há como, diante de uma denúncia ou investigação, retirar do cargo o próprio deputado, que por sua posição, tem a chamada imunidade parlamentar. Para o presidente da Alems, há ainda outro agravante. “Sem sentença, retirar alguém do cargo é mostrar que o voto não vale nada e a coisa mais sagrada da democracia é o voto”, sustenta.

Por fim, indaga sobre a acusação contra Razuk, que seria de ser chefe de uma suposta organização criminosa com vias a tomar conta do jogo do bicho em Campo Grande. Ou seja, é investigado por chefiar uma organização que nunca atuou efetivamente nos jogos ilegais na Capital. Para ele, é preciso respeitar as decisões judiciais e a investigação policial, entretanto, não se pode punir um parlamentar sem haver uma sentença.

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