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Cidades

Juiz mantém prisão de alvo da Successione por não haver fato novo

Júlio César Ferreira esteve entre os dias 2 e 24 de outubro do ano passado na casa do deputado Neno Razuk

Por Lucia Morel | 06/01/2024 11:57
Máquinas de jogo do bicho apreendidas em casa no Monte Castelo em outubro de 2023. (Foto: Reprodução)
Máquinas de jogo do bicho apreendidas em casa no Monte Castelo em outubro de 2023. (Foto: Reprodução)

Júlio César Ferreira dos Santos, um dos presos na Operação Successione, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), teve o pedido de revogação da prisão temporária negado pela Justiça. A defesa dele alegou que o fato dele estar presente, em 16 de outubro de 2023, na casa de jogos do bairro Monte Castelo, descoberta pelo Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) não o liga à contravenção do jogo do bicho.

Era ainda ele o motorista do veículo Polo, em nome do deputado estadual Roberto Razuk Filho (PL) que foi flagrado acompanhado assalto combinado a malote e também esteve entre os dias 2 e 24 de outubro do ano passado na casa do parlamentar, no residencial Dahma III. A defesa nega que ele tenha ainda participado de qualquer roubo a malote.

Defende ainda que “o fato de ido à casa do Deputado Neno Razuk não induz a participação do requerido Júlio a qualquer ato vinculado a jogo de bicho” e pede “aplicação das medidas diversas da prisão”. Por fim, estabelece que Júlio tem “residência fixa, mora na casa dos pais, conforme declaração da genitora, não pretende se ausentar da Comarca, se apresentará a todos os atos, é primário, trabalha em clubes de pôquer (autônomo)”.

Para o juiz que manteve a prisão, Robson Celeste Candeloro, da Veca (Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente) “o investigado Julio Cesar Ferreira dos Santos foi preso em 05/12/2023. Analisando os autos, verifico que, no caso deste processo, não se evidencia nenhum fato novo que justifique colocar o acusado em liberdade”. Não se sabe a razão do caso correr na Veca e o processo ainda segue em sigilo.

Parte da decisão a que o Campo Grande News teve acesso está no Diário da Justiça e nela, o magistrado acentua que “ao contrário do que aduz a defesa, tudo que consta da investigação até o momento indica a participação do investigado junto à organização criminosa, sendo que apenas o término das investigações poderá indicar, com precisão, o papel e a função de cada membro da organização criminosa, ou, ainda, afastar sua participação”.

Candeloro encerra a decisão sustentando que “mantenho a prisão temporária de Julio Cesar Ferreira dos Santos, sem prejuízo de nova avaliação caso sejam trazidas aos autos novas informações”.

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