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Política

Vereador deixa o Gaeco e não diz se recebeu orientação no dia da votação

Paulo Yafusso | 02/09/2015 16:28
Paulo Pedra diz que foi convidado a prestar informações ao Gaeco (Foto: Fernando Antunes)
Paulo Pedra diz que foi convidado a prestar informações ao Gaeco (Foto: Fernando Antunes)

Depois de quase duas horas prestando depoimento aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o vereador pelo PT, Ayrton de Araújo, deixou o local dizendo que foi chamado por causa da conversa telefônica em que o padrinho político dele, o deputado Cabo Almi, é citado. A citação foi feita pelo empresário Fábio Portela Machinsky, o Fabão, em conversa com o dono da Itel Informática, João Baird.

Ao telefone, Fabão diz para Baird que está negociando com o Cabo Almi, mas que ele não dizia nem que sim nem que não. Mas ao ser questionado se em algum momento ele chegou a receber alguma orientação do Cabo Almi sobre como deveria ser o posicionamento dele com relação a cassação do prefeito Alcides Bernal, Ayrton Araújo desconversou e não respondeu a pergunta. Ele disse que não conhece Fabão.

Pouco antes do vereador do PT deixar a sede do Gaeco, chegou para prestar depoimento o secretário de Governo do Município, Paulo Pedra. Na época que Bernal foi cassado, ele era vereador e foi um dos seis que votaram contra a cassação.

Pedra afirmou que foi convidado a comparecer ao Gaeco e disse desconhecer o que lhe será perguntado. Declarou ainda, que na época os aliados de Bernal contaram 10 vereadores que defenderiam a permanência dele na Prefeitura, mas “da noite para o dia” perderam três votos e no final Alcides Bernal teve o mandado cassado por 23 votos a 6.

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