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Política

Vereador é denunciado por extorquir prefeitura e nega acusação

Secretário de Governo acusa parlamentar de exigir aumento em verba de publicidade institucional

Por Gabriel de Matos e Helio de Freitas, de Dourados | 15/02/2025 20:32
Vereador é denunciado por extorquir prefeitura e nega acusação
Vereador Rones Cézar (PSDB) na Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul (Foto: Redes Sociais)

O vereador Rones Cézar (PSDB) foi denunciado pelo secretário de Governo Municipal de Nova Alvorada do Sul, Fábio Osório Ferreira, por suposta extorsão. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Civil neste sábado (15).

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O vereador Rones Cezár (PSDB) de Nova Alvorada do Sul foi denunciado por extorsão pelo Secretário de Governo Municipal, Fábio Osório Ferreira. A acusação é de que o vereador teria pressionado a prefeitura para aumentar os pagamentos de publicidade ao seu veículo de comunicação em troca de reduzir críticas à administração. O valor pago teria sido reduzido de R$ 9 mil para R$ 5 mil mensais, levando o vereador a exigir R$ 15 mil. Rones nega as acusações, alegando retaliação política por não apoiar a chapa da mesa diretora da Câmara. A Polícia Civil investiga o caso.

Segundo o secretário, o parlamentar teria pressionado a prefeitura para aumentar os pagamentos de publicidade institucional ao seu veículo de comunicação em troca da redução de críticas à administração municipal.

De acordo com o boletim de ocorrência, o vereador era responsável por uma página de notícias no Facebook e recebia R$ 9 mil mensais da prefeitura para divulgar ações do governo municipal. No entanto, após as eleições, esse valor foi reduzido para R$ 5 mil, o que teria motivado o parlamentar a intensificar ataques diários contra a gestão. Durante reuniões com o secretário, o vereador teria solicitado um aumento para R$ 15 mil mensais para cessar as críticas.

Fábio afirmou em boletim de ocorrência que o vereador Rones Cezár (PSDB) o abordou para exigir o aumento. "Pra começar a conversar, são 15 mil reais", teria dito o vereador, segundo o relato do secretário. Diante da surpresa, o secretário questionou: "Não estou entendendo". Rones então insistiu: "Você sabe sim. A minha mídia é 6 mil reais, mas eu quero 15 mil para começar a conversar".

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o secretário respondeu que "sua mídia está cortada cem por cento, porque agora você é vereador e não pode receber mídia". Diante da negativa, o vereador teria ameaçado: "Então vocês vão ver as lapadas que eu vou dar em vocês", referindo-se à gestão do prefeito reeleito.

Em entrevista ao Campo Grande News, o vereador negou as acusações e afirmou que se trata de uma retaliação política. Segundo ele, a denúncia surgiu após sua decisão de não apoiar a chapa da mesa diretora da Câmara defendida pelo grupo do secretário. Rones declarou que tomou conhecimento das acusações recentemente. A Polícia Civil investiga o caso para apurar os fatos e possíveis responsabilidades.

Ele também afirmou que não é o dono do site Alvorada Informa, mas confirmou que presta serviços para a prefeitura e recebe pagamentos pelos trabalhos realizados. O parlamentar alegou que tem direito de cobrar qualquer valor pela publicidade institucional, mas que a decisão de pagar ou não cabe à gestão municipal.

"Se o serviço aumenta, é natural que o valor seja maior. Mas quem decide pagar ou não é a prefeitura. Não existe extorsão, isso é uma tentativa de me denegrir por questões políticas", afirmou o vereador.

O parlamentar reforçou que todas as atividades desempenhadas por seu veículo de comunicação foram devidamente documentadas e contratadas dentro da legalidade. "Sempre trabalhamos com transparência e recebemos apenas pelos serviços prestados. Se a prefeitura decidiu reduzir o valor, isso é uma escolha deles, mas isso não significa que nossas críticas sejam infundadas", disse.

Rones também questionou o momento em que a denúncia foi feita e afirmou que ela surgiu logo após a publicação de uma matéria no Alvorada Informa. No texto, o jornal cita que o secretário estaria na lista de "ficha suja" do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul). "Por que essa denúncia só aparece agora, depois das eleições? Desde 2020, prestávamos serviço normalmente. Isso claramente é uma retaliação por não termos apoiado a chapa deles na Câmara", argumentou.

O vereador também destacou a importância da liberdade de imprensa e criticou a tentativa de vincular suas atividades profissionais a supostas irregularidades. "Estamos sendo perseguidos por fazermos um jornalismo independente. Temos o direito de cobrar pelos serviços prestados, assim como qualquer outro veículo de comunicação. Isso não significa que estamos extorquindo alguém", declarou.

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