Vereadores criticam duodécimo para 2014 e vão pedir mudanças
O repasse para a Câmara Municipal de Campo Grande de R$ 56,6 milhões em 2014 não agradou os parlamentares. O problema é que, enquanto o orçamento da Prefeitura deve subir 6,8%, a administração aumentou em apenas 0,9% o repasse para a Casa de Leis.
“Não tem justificativa essa discrepância, não pode acontecer, o prefeito será questionado sobre isso”, afirmou o vereador Flávio César (PT do B), vice-presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, após reunião nesta segunda-feira (9).
A Comissão já começou a analisar o Orçamento 2014, enviado pela Prefeitura, e “há discrepâncias”, segundo os vereadores. Vários pequenos erros teriam sido identificados, e podem ser corrigidos por um novo projeto de orçamento, ou por emendas do prefeito Alcides Bernal (PP) ou pelos próprios vereadores.
Um dos erros, por exemplo, é que a Prefeitura não enviou o orçamento detalhado das Secretarias Municipais da Mulher e da Juventude.
Ainda segundo Flávio César, a Comissão de Orçamento já está fazendo um relatório sobre o material recebido pela administração, que será finalizado em breve.
A principal insatisfação da Câmara com o orçamento é com o percentual de crescimento estipulado pelo prefeito Alcides Bernal para o duodécimo. Enquanto o valor global do Orçamento do Município para 2014 teve reajuste de 6,8% na proposta apresentada por Bernal, o valor inserido no projeto para a Câmara teve elevação de apenas 0,9%.
Isso significaria um acréscimo de apenas R$ 1,1 milhão, o que, segundo o presidente Mario Cesar (PMDB), seria insuficiente para as despesas da Câmara e resultaria, inclusive, na impossibilidade de concessão de reajuste para os servidores municipais. No projeto de Orçamento enviado por Bernal, o valor do duodécimo da Câmara vai a R$ 56,5 milhões. A Câmara tem no atual exercício duodécimo de R$ 55,4 milhões.