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Política

Vereadores pedem reforço policial em sessão que definirá presidência da Câmara

Sessão foi adiada, na tarde deste domingo, após decisão judicial; para parlamentares, decisão interpretada de forma incorreta

Liniker Ribeiro e Helio de Freitas | 09/12/2018 20:40
Sob protestos, Mauricio Lemes Soares faz juramento ao ser empossado na Câmara de Dourados, nesta tarde (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)
Sob protestos, Mauricio Lemes Soares faz juramento ao ser empossado na Câmara de Dourados, nesta tarde (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)

Advogados que representam parte dos vereadores de Dourados – distante 233 quilômetros da Capital – pedem para que haja reforço policial na sessão desta segunda-feira (9) à noite, que discutirá a substituição dos vereadores presos na Operação Cifra Negra, na última quinta-feira (5), por outros parlamentares. Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB), que foram presos, fazem parte da chapa “Legislativo Forte”, que disputa à presidência da Câmara Municipal no biênio 2019-2020.

A sessão que elegeria o novo comando foi marcada para este domingo (9), mas foi encerrada pela atual presidente, Daniela Hall, após decisão do juiz plantonista Zaloar Murat Martins de Souza. Para os parlamentares que fazem parte do grupo aliado ao da prefeita Délia Razuk (PR), a decisão foi incorreta. “Em nenhum momento de seu deciso fora determinada a “suspensão da sessão”, mas sim a suspensão da eleição”, argumenta a defesa dos vereadores.

Para os vereadores, o adiamento da sessão descumpriu a real determinação da Justiça. “O que se constata é que, lamentavelmente a autoridade coatora não tem respeito sequer pela dignidade da Justiça”, argumenta a defesa no documento.

Ainda segundo os vereadores, Daniela estaria há vários dias “criando artimanhas, causando comoção social, e se negando ao cumprimento das normas legais e regimentares no que pertine à condução da direção daquela “Casa de Leis””, complementam. O pedido para que policiais acompanhem a sessão, teria como objetivo garantir que a mesma seja realizada até o final, evitando que aconteça a mesma coisa desta tarde.

A prisão dos vereadores aconteceu durante operação desencadeada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul para desvendar esquema envolvendo pagamento de propina a vereadores douradenses por empresas contratadas pela Câmara através de licitação fraudulenta. Além de Pedro Pepa e Pastor Cirilo Ramaão, o verador Idenor Machado (PSDB) também foi preso na ocasião.

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