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Interior

Presidente da Câmara encerra sessão e eleição é adiada pela terceira vez

Liminar suspende eleição da Mesa Diretora até ser votada substituição de vereadores presos em uma das chapas inscritas

Helio de Freitas, de Dourados | 09/12/2018 15:24
Vereadores durante sessão na tarde deste domingo; eleição adiada de novo (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)
Vereadores durante sessão na tarde deste domingo; eleição adiada de novo (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)

Foi adiada pela terceira vez em três dias a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Desde sexta-feira (7) o Legislativo tenta eleger no novo presidente para o biênio 2019-2020.

A sessão extraordinária que chegou a ser iniciada na tarde deste domingo (9) foi suspensa por liminar do juiz plantonista Zaloar Murat Martins de Souza até que seja analisado em plenário o pedido para substituição de Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) na chapa “Legislativo Forte”.

Assim como o vereador Idenor Machado (PSDB), os dois foram presos na quarta-feira (5), na Operação Cifra Negra, desencadeada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul para desvendar esquema envolvendo pagamento de propina a vereadores douradenses por empresas contratadas pela Câmara através de licitação fraudulenta.

O grupo de vereadores que apoia a prefeita Délia Razuk (PR) na Câmara pediu a substituição de Pedo Pepa, candidato a presidente, por Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PDT), e de Cirilo Ramão, candidato a segundo-secretário, por Jânio Miguel (PR).

A assessoria jurídica da Câmara deu parecer pelo indeferimento da troca de nomes alegando que o prazo para substituições venceu no dia 5 deste mês. Entretanto, Bebeto e os demais vereadores recorreram à Justiça pedindo que a decisão seja tomada em plenário.

Mesmo com Idenor, Cirilo e Pepa presos, a base aliada da prefeita ainda mantém maioria, já que neste domingo foi empossado, também por ordem judicial, o suplente Mauricio Lemes Soares (PSB). Aliado de Délia Razuk, ele ocupa a vaga de Idenor, que pediu afastamento por 32 dias.

Na mesma liminar em que determinou a suspensão da eleição até a votação em plenário da troca dos nomes, Zaloar Martins de Souza também mandou Daniela Hall se abster de votar na hora que o pedido de troca de nomes for a plenário. Ela integra a chapa que tem o vereador Alan Guedes (DEM) como candidato a presidente.

Vereadores do bloco liderado por Bebeto protestaram contra a decisão de Daniela Hall de suspender a sessão sem discutir a substituição dos nomes.

Entretanto, a presidente alega que a sessão extraordinária foi convocada exclusivamente para a eleição. Com isso, a discussão sobre substituição dos vereadores presos na chapa Legislativo Forte deve ocorrer na sessão ordinária desta segunda-feira à noite.

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