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Política

Vereadores se reúnem para definir convocação de Adalberto Siufi à CPI

Jéssica Benitez | 10/07/2013 12:29

Integrantes da CPI da Saúde, instalada na Câmara Municipal de Campo Grande, devem se reunir na tarde desta quarta-feira para discutir alguns pontos relacionados à apuração dos fatos, inclusive, a data para convocação do ex-diretor do Hospital do Câncer, Adalberto Siufi.

Na semana passada o vereador Coringa (PSD) solicitou uma oitiva com o médico. Ao Campo Grande News, o parlamentar esclareceu que a comissão iniciará processo de analise no material cedido pela Polícia Federa referente à operação “Sangue Frio” e aí sim convocarão o ex-diretor.

“Precisamos estar bem embasados quando ele for ouvido, por isso vamos estudar bem os documentos e as gravações telefônicas para convocarmos ele”, disse Coringa, ressaltando em seguida que faz questão de ficar frente à frente com o médico para poder interrogá-lo. “Pode deixar que a gente não vai deixar de falar com ele”, garantiu.

Morosidade – Criadas com apenas uma semana de diferença as CPIs que apuram possível desvio de verbas destinadas à rede pública de saúde, uma na Câmara e outra na Assembleia Legislativa, estão há mais de dois meses em andamento e ainda não convocaram o principal protagonista das denúncias, o médico Adalberto Siufi, peça-chave para solucionar o caso da “Máfia do Câncer”.

O oncologista aparece em praticamente todas os diálogos revelados por escutas telefônicas veiculadas na mídia, até sua filha, Betina Siufi, protagonizou alguns episódios registrados nas gravações. Mesmo assim, mais de dois meses de audiências se passaram e nada das Comissões chamarem pai ou filha. A dupla comandava o Hospital José Abrão (HC) e estava à frente da unidade quando ocorreu a Operação Sangue Frio.

Suspeitas - Conforme a denúncias, Siufi fez manobra para manter contrato com a empresa Neorad, do qual é proprietário, e rendia, em média, R$ 3,1 milhões por ano. Pressionado pelo Conselho Curador, o contrato com a Saffar & Siufi Ltda (nome oficial da Neorad), que perdurava desde 2004, foi rescindido em agosto do ano passado.

Contudo, em março deste ano, sete meses depois, o Ministério Público recebeu a informação de que a sucessora no contrato foi a Siufi & Saffar Ltda. Apesar dos nomes invertidos, as empresas tem o mesmo quadro societário. O detalhe é que o contrato previa o pagamento do valor estipulado pelo SUS, mais acréscimo de 70%. No HU o setor de radioterapia estaria propositalmente inativo justamente para encaminhar os pacientes à Neorad.

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