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Política

Zeca e Vander são citados em delação de marqueteiros sobre caixa dois

Nyelder Rodrigues | 11/05/2017 21:31

Além do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido, ex-PT), o casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana citaram os deputados federais por Mato Grosso do Sul, Vander Loubet (PT) e José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, como políticos que teriam realizados caixa dois em campanhas eleitorais.

O sigilo do conteúdo da delação premiada do casal foi retirado nesta quinta-feira (11) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin. João e Mônica atuaram em campanhas petistas durante 15 anos e afirmam ter recebido pagamentos de caixa dois, quando os recursos não são contabilizados oficialmente.

A delação envolve diversas situações escusas, inclusive com o casal recebendo do presidente venezuelano Nicolás Maduro US$ 11 milhões. Já no caso de Delcídio, segundo o Estadão, João acertou o pagamento por caixa dois durante uma reunião na casa do ex-senador, em 2002, na sauna particular dele.

Vários políticos que seguem no PT ou que passaram pelo partido foram citados. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez 22 novos pedidos à Fachin, relativos à delação dos marqueteiros. Nenhum deles foi de pedido de abertura de inquérito, conforme informações publicadas pela Agência Brasil.

Janot pediu para que as declarações sejam incluídas em alguma investigação já em andamento. No caso de Zeca, como há imunidade parlamentar, o caso deve ir ao STF, caso Fachin aceite o pedido da PGR.

Enquanto isso, o caso de Delcídio deve ser remetido à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul. Segundo a Agência Brasil, a petição que se refere ao deputado federal Vander Loubet foi remetida para nova análise pelo MPF (Ministério Público Federal).

A reportagem tentou contato com Zeca do PT, mas não conseguiu até o fechamento do texto. Ao Jornal Nacional, ele afirmou que não autorizou nenhum pagamento ao casal. Já Vander se defendeu pelo Facebook, onde afirma que a declaração de João Santana e Mônica Moura não é verdade, tendo todas as receitas recebidas e pagamentos feitos durante as campanhas deles devidamente feitas dentro da legalidade.

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