Avanço da vacinação faz Europa reduzir restrições a turistas
A semana começou com uma boa notícia para quem curte viajar pelo mundo, e tem preferência pelos países europeus. É que a Comissão Europeia acaba de formalizar um pedido para que os Estados-Membros reduzam as atuais restrições às viagens não essenciais para a União Europeia, por conta da evolução das campanhas de vacinação em nível mundial.
Pela proposta, a única exigência será um Certificado Verde Digital, chamado passaporte da saúde. Esse sistema ainda não está operacional, por ser bastante complexo, mas enquanto o certificado virtual não estiver disponível, os países da União Europeia poderão aceitar documentos de países não pertencentes à UE com base na legislação nacional, tendo em conta a capacidade de verificar a autenticidade, validade e integridade do certificado e se contém todos os dados relevantes.
A proposta inclui viajantes provenientes de países com uma boa situação epidemiológica, mas também todas as pessoas que receberam a segunda dose (pelo menos 14 dias antes do desembarque) recomendada de uma das vacinas autorizadas pela UE, como AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen. A chinesa Coronavac e a russa Sputnik não estão na lista.
Há expectativa de que essa medida seja estendida para os imunizantes que tenham concluído o processo de listagem de uso de emergência da OMS (Organização Mundial da Saúde), e isso significa que a lista de vacinas aceitar na Europa pode crescer. A expansão irá depender da evolução da situação da pandemia na UE até que todos os viajantes sejam aceitos no continente, independente da vacina.
A Comissão propõe a alteração dos critérios de restrições devido às provas cada vez maiores do impacto positivo das campanhas de vacinação pelo mundo. A tendência é que a lista de países dos quais são aceitos visitantes em viagens não essenciais, independentemente da situação de vacinação, mas sujeitos a medidas como testes ou quarentena.
A decisão da Europa no sentido de reduzir as restrições para a entrada de turistas, conforme a evolução das campanhas de vacinação e queda no nível de contágio do coronavírus, deverá puxar a fila de outros países considerados destinos turísticos importantes.
O primeiro passo foi dado na semana passada pela própria União Europeia, Estados Unidos e Japão quando anunciariam tratativas para barrar turistas que tenham se submetido a determinados imunizantes. No Brasil, cada seis vacinas aplicadas, cinco são da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantã, e uma é da AstraZeneca, produzida pela Fiocruz.