Seis destinos para viajar sem sair de MS no feriado de Corpus Christi
Celebrado desde 1264 sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, este ano cai no dia 20, semana que vem
Vem aí mais um feriado prolongado. Afinal, para quem curte e pode viajar, feriadão nunca é demais, e o próximo do calendário de 2019 será já na próxima quinta-feira, dia 20 de junho, uma ótima oportunidade para viajar com amigos ou em família.
Desta vez o “abre-alas” para a folga geral é o feriado católico de Corpus Christi, celebrado desde o ano de 1264 sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. Será ponto facultativo (dispensa a obrigatoriedade de funcionamento de órgãos públicos, por exemplo), que no Brasil acaba virando um feriadão de quatro dias ao emendar com a sexta-feira, o sábado e o domingo.
Se você pretende aproveitar para fazer uma viagem nem que seja para mudar de ares, e ainda não sabe para onde ir, o canal de turismo Lugares Por Onde Ando, do Campo Grande News, listou seis destinos sul-mato-grossenses para ajudar na sua escolha. Assim, nem precisará sair de Mato Grosso do Sul para curtir o folgão de Corpus Christi.
1 - Aquidauana:
Para quem segue na rodovia BR-262 a partir de Campo Grande (140 km), a cidade de Aquidauana é a primeira escala de um roteiro pela região do Pantanal que também inclui Miranda e Corumbá. São 74 km entre Aquidauana e Miranda, depois mais 191 km até Corumbá.
O cartão de visita é o Pantanal, mas Aquidauana apresenta uma grande variedade de atrações turísticas, como as belezas naturais da Serra de Maracaju, um conjunto de montanhas que divide o Estado de Mato Grosso do Sul. A leste tem os campos de cerrado e a oeste a planície pantaneira, com cachoeiras, cavernas e até praias de areia branca às margens do Rio Aquidauana.
A lista de destinos em Aquidauana inclui o Morro do Paxixi, Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, Parque da Lagoa Comprida, Museu Marechal José Machado Lopes, Piraputanga, Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição e Ponte Roldão Carlos de Oliveira.
2 - Jardim:
Distante 237 km de Campo Grande pela rodovia BR-060, Jardim é um importante destino de ecoturismo em Mato Grosso do Sul. É um dos municípios membros do Parque Nacional da Serra da Bodoquena junto com Bonito, Bodoquena e Guia Lopes da Laguna.
Com 100 metros de profundidade, 160 de diâmetro e 500 de circunferência, o Buraco das Araras é uma de suas principais atrações turísticas a R$ 78 por pessoa. Localizado na Fazenda Alegria, distante 28 km em relação ao centro da cidade, o lugar é refúgio de vida silvestre criado pela própria natureza.
Outra atração que vale a pena em Jardim é a Lagoa Misteriosa, um dos atrativos turísticos mais procurados na região da Serra da Bodoquena. Com profundidade desconhecida, a lagoa tem 30 metros de largura e 60 de cumprimento. De todas as tentativas de se chegar ao fundo, a marca mais profunda foi registrada em 1998 pelo mergulhador Gilberto Menezes de Oliveira, que atingiu a profundeza de 220 metros sem conseguir o objetivo.
O passeio na Lagoa Misteriosa, localizada na fazenda Recanto Ecológico Rio da Prata, a 36 km de Jardim, inclui flutuação (R$ 166 por pessoa) e mergulho com cilindro (R$ 400 por pessoa com direito aos equipamentos necessários). Outra opção é o almoço servido na sede do Recanto Ecológico Rio da Prata ao preço de R$ 56 por pessoa.
Partindo de Campo Grande, são sois caminhos que levam você até a cidade de Jardim: Via Aquidauana (280 km pela BR-262) ou via Sidrolândia (233 km pela BR-060).
3 - Ponta Porã e Pedro Juan Caballero:
A mais famosa fronteira sul-mato-grossense com o Paraguai é uma sugestão, caso você tenha a intenção de aproveitar o feriado emendado com o fim de semana para visitar pontos turísticos ou fazer compras de produtos importados em Ponta Porã, no lado brasileiro, e Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio. Partindo de Campo Grande são 342 km pela BR-163 e BR-463.
“A nossa fronteira não se resume apenas em turismo de compras. Tem muita coisa além disso para o turista conhecer e se enriquecer de cultura e conhecimento sobre a história de Brasil e Paraguai”, disse o professor e pesquisador Yhulds Giovani Bueno, filho de pais gaúchos, nascido em Ponta Porã, em recente entrevista ao canal de turismo Lugares Por Onde Ando.
Suas dicas de atrativos em Ponta Porã incluem o prédio do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada, construído em 1941, a antiga Estação Ferroviária, inaugurada entre as década de 1940 e 1950, o Museu da Erva Mate, que mostra o ciclo da erva mate na região fronteiriça com fotos de época, objetos antigos e acervo bibliográfico, o Marco Grande, construído a partir do Tratado de 1872 no trevo da saída para o município de Antônio João, que delimita a nossa fronteira de 1.365 km de extensão, e o Castelinho, uma construção da década de 1920.
Já Pedro Juan Caballero tem o turismo histórico e de aventura, e entre os grandes atrativos estão as belezas naturais do Parque Nacional Cerro Corá, a 35 km de Ponta Porã. Criado em 1976, o parque não é só uma reserva natural, é também uma referencia cultural histórica por ter sido palco da última batalha da Guerra do Paraguai em 1º de março de 1870, além das suas cavernas com pinturas rupestres pré-colombianas.
4 – Bodoquena:
Bodoquena é um dos municípios que fazem parte da unidade de conservação Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criada em 2000 pelo Governo Federal com área de 78 mil hectares, que envolve também os municípios de Bonito, Jardim e Guia Lopes da Laguna. Só a contemplação ao parque e sua imensa diversidade de aves e mamíferos já faz valer a pena, mas Bodoquena é famosa pela grande quantidade de cachoeiras abertas à visitação.
Na trilha ecológica da Boca da Onça, em meio a 4 km de mata, você tem a chance não apenas de contemplar as belezas naturais do lugar, mas até mergulhar em piscinas naturais de água transparente e ainda tomar banho debaixo de algumas cachoeiras. É importante saber que nem todas possuem pontos de banho para os turistas.
A trilha ecológica fica na Fazenda Boca da Onça com área de 55% de reserva natural e 45% de produção pecuária, distante 36,3 km em relação ao centro da cidade de Bodoquena com acesso pela estrada do Assentamento Canaã. Nem todas as cachoeiras da trilha ecológica permitem banho, mas você pode deixar para dar o seu mergulho na Praia Boca da Onça. Localizada no rio Salobra, um afluente do rio Miranda, a praia tem vista privilegiada para a Cachoeira Boca da Onça.
Vale lembrar também que visitar as cachoeiras da trilha exige não só disposição e espírito de aventura, mas uma boa condição física. Por exemplo, a escada de acesso a trilha tem 886 degraus, considerada uma obra de arte da engenharia moderna que levou 8 meses para ficar pronta.
Cachoeira Boca da Onça, Cachoeira Buraco do Macaco, Cachoeira Garganta da Arara, Cachoeira Poço da Lontra, Cachoeira do Fantasma e o Córrego Azul, que não é cachoeira nem cascata, mas um lugar de águas cristalinas que virou ponto de flutuação e mergulho, distante 21 km do centro de Bodoquena.
5 – Corumbá:
É a principal cidade da região do Pantanal e tem sua estrutura turística baseada nas belezas naturais e biodiversidade de fauna e flora da maior planície alagada do mundo. Mas se você não é adepto do turismo da pesca nem é do tipo que curte se aventurar pela natureza selvagem, na área urbana há uma grande variedade de opções para aproveitar o feriado.
Há uma extensa lista de lugares que contam a história da cidade e do País, como o Casario do Porto, o Museu Histórico do Pantanal e duas fortalezas que foram fundamentais para a defesa do Brasil na Guerra do Paraguai e outras disputas territoriais da época, o Forte Coimbra e o Forte Junqueira, e até fazer compras no lado boliviano. Corumbá está a 426 km de Campo Grande e a 12,5 km de Puerto Quijarro, na Bolívia.
Se achar que não conhecer o Pantanal seria o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa, são muitas as opções de passeios, desde safáris fotográficos, cavalgadas em fazendas pantaneiras, como a contemplação de animais silvestres na Estrada Parque, uma antiga trilha de 120 km de extensão, aberta no final do Século 19 pelo Marechal Cândido Mariano Rondon, que até 1986 foi o único acesso a Corumbá a partir de Miranda.
Se preferir algo um pouco mais radical, uma esticada até a Serra do Amolar é uma boa escolha. Distante 270 km de Corumbá pelo rio Paraguai, o lugar é uma espécie de corredor ecológico que abriga o Parque Nacional do Pantanal e três RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural, privilegiado para avistar animais, como ariranhas, antas, lontras capivaras e jacarés.
A viagem de barco dura cerca de 8 horas, ida e volta. Você pode apenas observar a natureza, sem descer do seu barco, ou se aventurar em visitas às comunidades ribeirinhas, fotografar pássaros e mamíferos de perto, fazer trilhas e até se arriscar a ver uma onça de perto. Contato sobre agendamentos pelo telefone (67) 3232 3303.
6 – Bonito:
Entre todos os prêmios que já conquistou como melhor destino de ecoturismo do Brasil, Bonito também carrega a fama de cidade turística mais cara do mundo. Mesmo assim vale a pena uma esticada até lá nem que seja por um rápido fim de semana.
Bonito tem na sua área rural uma fartura em belezas naturais, desde rios de águas transparentes, verdadeiros aquários, cachoeiras, grutas, a mais famosa delas, a Gruta do Lago Azul, trilhas para passeio a cavalo, dolinas, cavernas e cachoeiras.
A Gruta do Lago Azul, a 20 km em relação ao centro de Bonito, é uma marca do ecoturismo brasileiro. O lugar é encantador não apenas pela beleza, mas também por sua história como fonte de descoberta de fósseis de animais extintos há milhões de anos.
São 200 metros de trilha até a entrada da caverna, de onde começa a descida por uma escadaria íngreme de acesso ao lago de águas azuis. São 150 metros de escada com paradas para fotos, e chegando lá a permanência é de apenas 10 minutos com retorno pelo mesmo caminho.