Ford EcoSport 2018 chega com importantes mudanças para encarar a concorrência

O segmento de SUVs é o que mais cresce nos grandes mercados globais. Até 2020, eles deverão responder por 27% das vendas na Europa, 36% nos EUA e 30% na região da Ásia-Pacífico. No Brasil não será diferente.

O EcoSport que inaugurou o segmento por aqui em 2002, já acumulou cerca de 1 milhão de unidades produzidas no Brasil, sendo 600.000 vendidas no mercado local.

Porém a cada ano o EcoSport ganha novos rivais, a lista é grande: Jeep Renegade, Honda HR-V, Hyundai Creta, Nissan Kicks, GM Tracker, Renault Duster e Captur entre outros.

A última atualização do EcoSport foi em 2012, e agora a Ford lança a linha 2018 do Ecosport, com melhorias importantes. O modelo foi apresentado nesta segunda-feira (24) em Cabo de Santo Agostinho (PE), que além da apresentação do modelo em detalhes, a Ford disponibilizou 75 carros para test-drive, onde pudemos dirigir até Porto de Galinhas, em um trecho de aproximadamente 160 km, todas as versões foram disponibilizadas, mas escolhemos FreeStyle equipado com inédito motor 1.5 de três cilindros.

Começando pelo visual, as mudanças só são percebidas na dianteira, o modelo agora recebeu a nova linguagem da marca, que lembra o Edge, a dianteira ganhou capô estilo “power dome”, para-choque e faróis redesenhados, novos faróis de neblina de série e grade dianteira maior e mais elevada. Esta última é usada também como traço diferenciador das versões: cinza metálica na SE, cinza escuro na FreeStyle e cromada na Titanium. A grade conta ainda com controle ativo, sendo a primeira no segmento, o sistema reduz o arrasto de ar e ajuda a economizar combustível.

Já na traseira as alterações foram mais discretas, apenas o para-choque teve um tapa no visual, nem mesmo as lanternas foram alteradas. Na lateral a principal novidade fica por conta das novas rodas que têm medidas diferenciadas para cada versão: 15” na SE, 16” na FreeStyle e 17” na Titanium.

O interior recebeu mudanças profundas, nada foi aproveitado, o modelo recebeu materiais e acabamento de melhor qualidade, o painel que a marca chama de “soft touch” foi todo redesenhado e da impressão que o carro é de categoria superior, os bancos ficaram maiores e com mais conforto para os passageiros, volante multifuncional agora conta com trocas de marcha manuais por “Paddle Shift” nas versões automáticas inclusive nas de entrada, tem console central com descansa-braço e um total de 20 porta-objetos, incluindo porta-luvas climatizado, porta-óculos no teto e nichos para celular que contam com duas entradas USB de maior capacidade. Na versão topo de linha Titanium, vem equipado com teto solar.

Destaque do interior fica por conta da nova central multimídia SYNC 3, de última geração, com tela capacitiva de 6,5” (versão SE) ou 8” (FreeStyle e Titanium), conectividade para Android Auto e Apple CarPlay e outros recursos avançados, como AppLink e Assistência de Emergência. A montadora também fez ajustes para melhorar o isolamento acústico do carro, que incluíram a adoção de para-brisa com camadas especiais que reduzem o ruído, estrutura das portas reforçada, defletores aerodinâmicos e novos materiais absorsivos no capô, portas e outras áreas.

Desde as versões de entrada, o EcoSport 2018 vem bem equipado no quesito segurança, vem com sete airbags, assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus e controle de estabilidade com sistema anticapotamento (RSC).

Outra boa novidade do EcoSport 2018 está embaixo do capô. No lugar do 1.6 sigma de 4 cilindros de 130 cv, vem o inédito 1.5 TiVCT Flex de três cilindros, é o primeiro nessa cilindrada. Tem potência de 137/130 cv com etanol/gasolina (@ 6.500 rpm) É o motor aspirado com a maior potência específica do mercado: 91,5 cv por litro.

O consumo de combustível, tanto na versão manual como na automática, traz classificação A do Inmetro/Conpet, na versão manual, faz 8,3/11,6 km/l com etanol/gasolina na cidade e 9,0/13,1 km/l com etanol/gasolina na estrada. Na versão automática, roda 7,1/10,4 km/l com etanol/gasolina na cidade e 8,9/12,8 km/l com etanol/gasolina na estrada.

Além disso o modelo pode vir equipado também com o novo motor 2.0 Duratec Direct Flex que possui injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas. Tem bloco, cabeçote e cárter de alumínio e gera 176/170 cv com etanol/gasolina (@ 6.500 rpm). Acelera de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos com um consumo de 6,1/8,8 km/l com etanol/gasolina na cidade e de 8,3/12,0 km/l com etanol/gasolina na estrada. O seu sistema de partida a frio com etanol também é o “Easy Start”.

O teste foi curto, rodamos cerca de 180 km ida e volta com a versão Freeslyle equipado com o novo motor 1.5 de três cilindros que é novidade no segmento. O motor atende bem aos comandos do acelerador, mas não espere arrancadas de esportivos, para quem prefere mais potência o 2.0 tem força de sobra, com 176 cavalos de potência, o modelo passa a ser o mais potente da categoria.

O EcoSport aposenta a transmissão automatizada powershift e agora utiliza a automática de seis velocidades nas versões SE, FreeStyle e Titanium. Possui um conversor de torque de alta eficiência e conceito similar ao do Fusion. As trocas também podem sem feitas manualmente por “Paddle Shift” atrás do volante.

Em um pequeno trecho com diversas imperfeições no solo, pode-se perceber as melhorias na parte de suspensão, na dianteira por exemplo ganhou 17 mm a mais de curso e buchas recalibradas, que segundo a marca melhorou em 15% a absorção de impactos, além de reduzir em 40% as asperezas no volante.

A suspensão traseira “twist-beam” traz eixo 15% mais rígido, molas tipo progressivas e novas buchas da barra estabilizadora, que melhoram o controle de rolagem.

Com todas essas melhorias o EcoSport está preparado para acirrar a disputa no segmento, e
A linha parte de R$73.990 na versão SE manual, e R$78.990 na automática. O EcoSport FreeStyle sai por R$81.490 com câmbio manual e R$86.490 com o automático. A versão Titanium custa R$93.990.

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