Maio Amarelo – Atenção pela vida
Mais uma vez, instituições públicas e privadas disparam alertas contra a violência do trânsito no mundo todo. É o movimento “Maio Amarelo – Atenção pela Vida”, cujo objetivo é reunir esforços para chamar a atenção da Sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito.
A intenção do movimento não é outra que não enraizar na pauta do cotidiano das cidades a segurança viária como tema de importância maior, mobilizando, assim, todos os segmentos, toda a sociedade. O objetivo final é salvar vidas.
Essa batalha não começa nem se encerra no mês de maio. O mês é apenas uma referência para a revitalização do discurso e das práticas em favor de uma cultura de respeito à vida.
Por que maio? Foi nesse mês, em 2011, que a Organização Mundial das Nações Unidas lançou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020. A ação da ONU buscou reunir governos de vários países a comprometerem a tomar medidas para prevenir os acidentes no trânsito, que matam cerca de 1,3 milhão de pessoas por ano.
A ONU alerta. Se nada for feito, as mortes vão se elevar para 1,9 milhões ao ano em 2020.
Basicamente, para fazer frente à violência do tráfego é preciso agir a partir de três pilares: Obras, Educação e Fiscalização.
Na BR-163/MS, a CCR MSVia tem agido efetivamente no nível das obras. Estamos fazendo a duplicação da rodovia. O pavimento está sendo restaurado. A manutenção e a conservação das pistas é permanente. E a sinalização foi modernizada e é permanentemente mantida.
Como complemento, o SAU-Serviço de Atendimento ao Usuário tem trabalhado diuturnamente para apoiar motoristas, passageiros e pedestres, com 17 Bases Operacionais, 500 trabalhadores e mais de 80 viaturas, entre guinchos leves e pesados, ambulâncias e veículos de serviços.
No plano da educação, temos realizado periodicamente campanhas ao longo da rodovia com a utilização dos nossos vários meios de comunicação como folhetos didáticos, faixas com frases de incentivo à prática da direção segura e mensagens didáticas nos painéis eletrônicos de mensagens variáveis, entre outros.
No plano da fiscalização, a Polícia Rodoviária Federal, PRF, tem operado com eficácia e excelentes resultados na repressão aos abusos dos maus motoristas e controle dos excessos cometidos ao longo da BR-163/MS.
Mas isso não basta. Nosso grande desafio é conquistar a mudança de comportamento dos condutores, pedestres e moradores de cidades servidas pela BR-163/MS.
Porque, apesar do senso comum culpar as vias em casos de acidentes, a mortandade absurda que acontece no país tem origem em maus condutores a bordo de veículos precários.
Anualmente são despejados nas ruas, avenidas e estradas brasileiras veículos mal cuidados e condutores despreparados, muitos dois quais sequer possuem habilitação.
É possível, sim, adotar medidas de Engenharia para melhorar as condições de segurança e fluidez de tráfego. Isso vem sendo feito em vários níveis no Brasil inteiro, inclusive na BR-163/MS, como já citamos.
A solução do problema passa por um pacto de todos os segmentos da sociedade em favor da conscientização pela vida.
Somente juntos conseguiremos enfrentar a violência do trânsito, ajustando leis, ratificando acordos sociais e fazendo valer o bom senso, a tolerância e o respeito mútuo.
Sozinhos o engenheiro, o policial, o comunicador ou o médico não serão capazes de reverter essa situação. O pacto pela vida depende do empenho pessoal de todos e da prática permanente da responsabilidade coletiva.
A partir deste mês de maio, sejam nossos parceiros e parceiras e vistam a camisa da defesa da vida no trânsito.
(*) Keller Rodrigues é engenheiro civil especializado em engenharia e segurança rodoviária e gestor de Interação com o Cliente da CCR MSVia
Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.