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O Eleitor está mais maduro?

José Lucas da Silva (*) | 21/10/2020 15:01

A cada eleição temos observado um pequeno avanço do eleitor em termos de maturidade com o processo de escolha de seus representantes políticos, de vereador a presidente da República. Este ano, devido à pandemia, que trouxe uma situação totalmente atípica, afundando a economia brasileira, que já vinha capengando, cheia de problemas, provocando milhares e milhares de desempregos e quebradeira de pequenas e médias empresas no Brasil afora, a pergunta que se faz é esta: Será que o eleitor irá mais maduro para as urnas?

Se considerarmos as conversas e pesquisas que demonstram sua grande insatisfação com os políticos e, consequentemente com a política brasileira, a resposta não parece ser nada animadora. De cada 10 pessoas, mais da metade se diz desinteressada em política e não demonstram nenhum esforço de conhecer melhor aqueles que se propõe a ocupar os cargos públicos por intermédio do processo eleitoral.

Esse desinteresse desperta bastante preocupação porque é preciso sim que o eleitor, mesmo aqueles mais humildes, que vivem na periferia das cidades, precisam exercer seu direito ao voto e, consequentemente a cidadania, fazendo a melhor escolha entre os candidatos que se apresentam este ano para os cargos de vereador (a), prefeito (a) e vice-prefeito (a).

Não tem como ignorar esse fato e dizer que não se importa com quem quer que seja eleito. Se agir assim, não terá direito algum amanhã, de reclamar deste ou daquele homem público porque o bom ou o mau político terá sido legitimamente eleito pelo voto popular. Por isso é necessário sim um esforço muito grande de todos para que façam o melhor uso possível de seu direito de eleger, de acordo com sua consciência, o melhor vereador e o melhor prefeito para a cidade.

O voto é um poder muito grande que todo eleitor, todo cidadão tem. Ele não pode abrir mão dele. Vender, jamais. E como muitos políticos infelizmente sempre fizeram, procurando comprar esses votos, a consciência do eleitor, este deveria, no mínimo, pegar o dinheiro oferecido ou qualquer outro tipo de vantagem e não votar nesse indivíduo inescrupuloso e votar naquele que apresenta a melhor proposta.

Não há dúvida de que as coisas no Brasil só ficarão melhores politicamente, quando cada eleitor exercer sempre bem o seu direito ao voto, procurando conhecer de fato cada candidato, suas propostas, seu passado. Devem ser separados o joio do trigo. Ou seja, todo aquele envolvido em escândalos de corrupção, em desvio de dinheiro público, ou qualquer outro tipo de crime de colarinho branco, deve ser afastado de todo e qualquer processo eleitoral, pelo próprio eleitor.

Esse será o estágio ideal de amadurecimento do eleitor brasileiro. Será uma forma também de termos pessoas mais comprometidas com o bem comum e menos com o próprio umbigo, seus interesses (escusos) pessoais e no enriquecimento ilícito. Não dá mais para o eleitor brasileiro manter esses “trastes” no poder. O voto é o instrumento ideal de depuração da política.

No dia 15 de novembro, cada cidadão, eleitor acima de 16 anos, deve seguir convicto às urnas para fazer a melhor escolha para sua cidade. Chega de servir de massa de manobra de políticos inescrupulosos que usam do próprio dinheiro público para se perpetuarem no poder para enganar e roubar o povo brasileiro.

O caso recente do senador Chico Rodrigues (DEM/RR), pego com dinheiro nas nádegas, é um exemplo de um candidato que não deveria sequer ter sido eleito senador. Ele enquanto governador de Roraima, foi acusado de corrupção de um longo processo tramita na justiça sobre esse seu procedimento irregular. No entanto, saiu candidato, ganhou eleição para se tornar um senador corrupto.

Esse caso também nos remete a uma reflexão sobre a necessidade de uma urgente reforma política no país. Os parlamentares não podem mais passar as mãos sobre a cabeça de políticos assim, que cometem crimes e acabam impunes.

O eleitor que votar dessa forma, consciente, poderá sentir-se vitorioso mesmo que seu candidato não seja eleito. Pois o que importa é a consciência de que fez a melhor escolha. Que venham as urnas e que a politicagem seja afastada da sociedade com toda sua corja. Lutemos por uma cidade, um Estado e um país cada vez melhor para as nossas famílias.

(*) José Lucas da Silva é presidente da Feintramag MS/MT (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral) e coordenador regional da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

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