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Cidades

Alvo da Omertà, delegado vai trabalhar de tornozeleira em serviço administrativo

Márcio Obara foi removido da 2° Delegacia de Polícia e segue para outro local de trabalho

Leonardo Rocha | 28/08/2020 10:01
Em 2018, quando era titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/arquivo)
Em 2018, quando era titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/arquivo)

Alvo da Operação Omertá, o delegado Márcio Shiro Obara, que ficou 50 dias preso e está em monitoramento por tornozeleira eletrônica, foi transferido da 2° Delegacia de Polícia de Campo Grande, para o Departamento de Recursos e Apoio Policial.

A decisão foi publicada hoje (28), no Diário Oficial do Estado. A medida adapta o trabalho da autoridade policial ao que permitiu a decisão judicial que colocou Obara em liberdade. Solto no dia 7 de agosto, com o pagamento de fiança de R$ 26,1 mil e a obrigação de usar tornozeleira eletrônica, ele só pode atuar em serviços administrativos.

O Departamento onde foi lotado cuida, por exemplo, da frota da Corporação.

O Ministério Público já pediu o restabelecimento da sua prisão preventiva. No dia 24 de agosto, o MPE entrou com um pedido de agravo regimental, que agora tramita na na 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A promotoria alega que o Obara foi denunciado por corrupção passiva, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro.

Também destaca que o pedido para retorno a prisão é necessária para “assegurar a ordem pública”, alegando o delegado pode atrapalhar e trazer prejuízos à investigação vigente, mesmo que esteja afastado de suas funções.

Obara conseguiu deixar a prisão após decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, que entendeu que nem mesmo em tese, ele integra uma das supostas organizações criminais.

 O delegado foi acusado de esconder provas na investigação do assassinato de policial militar reformado, Ilson Martins de Figueiredo. Também que teria recebido R$ 100 mil pagos pela organização criminosa.

(Matéria editada às 12h30 para acréscimo de informação)

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