Área queimada no Pantanal é menor do que registrada em 2020, diz governo
Segundo o coronel Hugo Djan Leite, os números expressam a efetividade das ações de redução de incêndios
Investimentos na estruturação do Corpo de Bombeiros foram determinantes na redução dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul com diminuição significativa da área destruída pelo fogo, nos primeiros oito meses deste ano, segundo informação divulgada pelo Governo do Estado.
O Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia), vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), emitiu nota que corrige dados divulgados ontem (23), que indicavam que o Pantanal tinha perdido neste ano, quase a mesma área queimada durante o mesmo período do ano passado.
Número corrigido - De 1º de janeiro a 21 de agosto de 2020, ano de alta propagação dos focos de calor e intensa seca, a área queimada no Pantanal sul-mato-grossense somou 1.368.775 hectares. No mesmo período deste ano, o total queimado foi de 166.550 hectares, redução de 86%. Mesmo assim, a situação é preocupante.
Segundo o coronel Hugo Djan Leite, comandante do Corpo de Bombeiros, os números expressam um efeito real das ações de redução de incêndios florestais previstas no PEMIF (Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo). “Uma medida inovadora do governo ao estabelecer estratégicas de prevenção a eventos extremos como os que tivemos ao longo de 2020, especialmente na região do Pantanal”.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a estatística demonstra um cenário altamente positivo e a eficácia do PEMIF, onde o Corpo de Bombeiros, atuando apenas com seu efetivo, tem dado resposta imediata aos desastres. Além dos investimentos em aeronaves e viaturas, capacitação e equipamentos para combate direto, o Estado estabeleceu os decretos de situação de emergência ambiental por 180 dias e proibição de queima controlada.
O Ministério do Desenvolvimento Regional vai repassar R$ 8,6 milhões para reforçar o combate a incêndios florestais em Aquidauana, Bodoquena, Bonito, Corumbá, Jardim, Miranda e Porto Murtinho. Os recursos serão suficientes para ampliar as ações por, pelo menos, três meses.
