Campo Grande terá 4,3 mil doses de vacina da Pfizer contra covid para crianças
Lote encaminhado pelo governo federal contempla cerca de 3% do público infantil de Mato Grosso do Sul
Campo Grande receberá 4.310 vacinas infantis, da Pfizer, contra a covid-19, no primeiro lote encaminhado ao público de cinco a 11 anos. Ao todo, são 18,3 mil imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde ao Mato Grosso do Sul.
Vale lembrar que há 301 mil crianças estimadas no Estado e que este quantitativo atual daria conta de apenas 3% da demanda, já que será necessária uma segunda dose.
Dourados vem na sequência, com 1,8 mil imunizantes, seguido por Amambai (700), Corumbá (640) e Miranda (630). O lote será distribuído a partir de 13h desta sexta-feira (14) e a vacinação poderá ter início nos municípios sul-mato-grossenses a partir de amanhã (15), conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Proporcionalmente ao total de habitantes nesta faixa etária estimado pela SES, Miranda terá mais vacinas – cerca de 17,29% do público-alvo será contemplado com, ao menos, uma dose nesta primeira etapa.
Em seguida, aparecem Japorã (17,28%), Dois Irmãos do Buriti (15,29%), Amambai (13,58%) e Paranhos (12,73%). Pedro Gomes terá menor quantidade - serão 30 vacinas para um público de 695 crianças.
No entanto, em número absolutos, Figueirão, Novo Horizonte do Sul, Taquarussu, Jateí e Rio Negro terão os menores quantitativos, de acordo com a pasta estadual - cada município recebe 20 doses.
Liberação - A pasta considera decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que permite a vacinação deste público, feita em 16 de dezembro de 2021, além de posicionamentos do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações da Covid-19.
Além disso, a secretaria informa que considera nota técnica do Ministério da Saúde, que dispõe sobre a não obrigatoriedade da vacinação de crianças abaixo dos 12 anos - diferente de pacientes menores de 18 anos ou adultos, em que não havia tal informação.
A SES ressalta que a aprovação ocorre a indivíduos que não tenham contraindicações listadas em PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19) e reforça que a imunização se dará "de forma não obrigatória".
Vale ressaltar que as crianças têm de estar acompanhadas dos pais ou levarem termo de consentimento por escrito
As crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas, e que vivem em lar com pessoas de alto risco para casos de covid-19 serão priorizadas, antes da adoção da vacinação por idade, que deverá começar entre 10 e 11 anos e ir reduzindo a faixa etária pouco a pouco, conforme a demanda e oferta de vacina pela rede pública.