Casos seguem subindo e Saúde alerta para variante indiana em MS
Até o momento, variante da Índia não foi confirmada no Estado, mas já está presente no Paraguai
Boletim epidemiológico confirma mais 28 mortes por covid em Mato Grosso do Sul, sendo que 11 vítimas tinham menos de 60 anos. Durante coletiva feita nesta manhã (17), a secretária-adjunta em Saúde, Crhistinne Maymone, ressaltou que infecções continuam crescendo e alertou sobre os perigos de novas variantes.
O Brasil fechou suas fronteiras, isso é uma medida de segurança importante para nós. Temos uma variante nova na Índia. O que eu posso fazer agora? Posso me proteger e quando chegar o momento em que eu posso, me vacinar", disse Crhistinne Maymone.
Maymone menciona que a mutação do coronavírus, que surgiu na Índia depois do país asiático sofrer maior colapso sanitário em toda a pandemia, já foi verificada em países próximos ao Estado.
"Já há variantes aqui ao redor do nosso Estado - Argentina e Paraguai. Elas são novas variantes, que vieram da Índia e os voos que passaram lá já não estão mais podendo vir para o Brasil", disse.
A secretária-adjunta ressalta o colapso de saúde vivido pelo país vizinho, Paraguai, que tem maior extensão fronteiriça com o território sul-mato-grossense. "Está com superlotação do sistema de saúde e com problemas na mitigação da doença. Nós temos que permanecer o maximo que pudermos em momento de defesa, proteção, de nós e daqueles que amamos", finalizou.
Boletim atualizado - Mais de 266,1 mil pessoas tiveram covid-19 em algum momento da pandemia, sendo que 6.230 delas não resistiram e morreram.
A curva de mortes, nas últimas semanas têm apresentado redução na comparação com os meses de abril e março, apesar de ainda indicarem alto índice de óbitos - em média, são 28 mortes sendo registradas diariamente na última semana.
Além disso, os casos estão em curva crescente. O primeiro pico na média de infecções por dia aconteceu em 28 de agosto, sendo que em quatro meses depois, em 22 de dezembro, houve novo crescimento acentuado. O pico seguinte aconteceu em 1 de abril, pouco menos de quatro meses depois, e agora há a nova crescente.
Ainda que decretos mais restritivos, feitos no final de março, e o início da campanha de vacinação tenham contribuído para a pequena redução nas mortes, a secretária-adjunta Crhistinne Maymone também ressaltou que a recente flexibilização no Dia das Mães pode ter contribuído em novo crescimento de casos.
"Estamos com aumento. Claramente, nos últimos 21 dias, estamos em ascendência [...] essa semana vai começar a aparecer, já que tivemos flexibilização do Dia das Mães. As datas comemorativas interferem sim na mobilidade e circulação das pessoas, e na transmissibilidade e no contágio que essas pessoas conseguem atingir, de certa forma, outras pessoas", explicou.
A macrorregião de saúde de Campo Grande, que mesmo englobando outros municípios que tenham ou não UTI (Unidade de Terapia Intensiva), é composta quase que totalmente por hospitais e pacientes da própria Capital, registrou 92% dos leitos de terapia intensiva ocupados.
Nos últimos dias, esse índice passou a ficar abaixo de 100%, indicando um leve arrefecimento na saúde pública local, ainda que esteja em patamar considerado crítico, sobretudo na comparação com o período pré-pandemia. Conforme o documento, maior parte das internações (62%) ocorrem por casos de covid.