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Cidades

Sob análise médica, acusado de matar Marielle Franco pode ser transferido de MS

Deputado federal Chiquinho Brazão passa por exame hoje na Penitenciária Federal para avaliar estado de saúde

Por Silvia Frias | 27/12/2024 11:05
Chiquinho Brazão durante depoimento prestado em MS, por videoconferência (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Chiquinho Brazão durante depoimento prestado em MS, por videoconferência (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) vai passar por consulta cardíaca nesta sexta-feira (27), na Penitenciária Federal de Campo Grande. O laudo será encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que irá definir o destino do parlamentar, que pede a transferência para o Rio de Janeiro para se submeter a cateterismo e, ainda, “prisão domiciliar humanitária”.

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O deputado federal Chiquinho Brazão, preso em Campo Grande por ser suspeito de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco, fará um exame cardiológico nesta sexta-feira. A defesa solicita sua transferência para o Rio de Janeiro para tratamento de problemas cardíacos graves, alegando risco de vida e pedindo prisão domiciliar humanitária. O laudo médico será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre o pedido.

Chiquinho Brazão está em Campo Grande desde o dia 27 de março deste ano, acusado de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco, em crime ocorrido em 14 de março de 2018.

O advogado Murilo Machado de Oliveira, que faz parte da defesa de Brazão, disse ao Campo Grande News que os médicos particulares de Brazão já atestaram que ele precisa ser submetido a cateterismo, procedimento invasivo para inserção de cateter na veia ou artéria para exame dos vasos sanguíneos.

Oliveira explicou que, eventualmente, Brazão deverá passar por cirurgia de peito aberto. Por isso, a defesa e a família pedem a transferência para o Rio de Janeiro, para que todo o tratamento seja feito por lá.

Em outubro, a defesa de Brazão solicitou a prisão domiciliar, alegando “fragilidade do estado de saúde”. Na ocasião, o ministro do STF determinou que a Penitenciária Federal de Campo Grande realizasse avaliação médica, o que será feito hoje, justamente para atestar a necessidade dos exames e possível encaminhamento para cirurgia.

“Ele já fez alguns exames fora do presídio que já atestaram o comprometimento de artérias em um entupimento de grau elevado; hoje o Chiquinho tem risco cardiovascular muito alto”, informou o advogado.

Os advogados de Brazão apontam que o parlamentar é portador de hipertensão arterial, diabetes, cardiopata, possui angioplastia prévia com stent, doenças crônicas e metabólicas que apresentam quadro clínico complexo. Eles também alegam episódios de hiperglicemia, variações pressóricas, risco cardiovascular elevado, fatores indicativos de severa e contínua perda da capacidade renal.

Chiquinho Brazão foi transferido para MS no dia 27 de março deste ano (Foto/Arquivo/Henrique Kawaminami)
Chiquinho Brazão foi transferido para MS no dia 27 de março deste ano (Foto/Arquivo/Henrique Kawaminami)

Segundo Oliveira, o resultado deste exame deve ser avaliado por Moraes na segunda ou terça-feira.

Em março, além de Chiquinho Brazão, o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa foram presos na Operação Murder Inc. deflagrada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo MPF-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e pela Polícia Federal (PF).

Motivação - A delação premiada do miliciano Ronnie Lessa, homologada pelo STF, indica que o ex-chefe da PC fluminense participou do plano da morte da vereadora. Ele teria orientado os assassinos para que o crime não fosse executado na saída da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

O planejamento da execução teria começado no segundo semestre de 2017, após uma "descontrolada reação" de Chiquinho Brazão devido à participação de Marielle na votação do Projeto de Lei Complementar 174/2016.

A proposta, de autoria de Chiquinho quando ainda era vereador, dispunha sobre a regulamentação fundiária de loteamentos e grupamentos existentes nos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena e Itanhangá, assim como nos bairros da XVI RA – Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

No atentado, além de Marielle, também foi morto o motorista Anderson Gomes. (Com informações do Metrópoles).

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