Comandante da PM diz que transferência de "Tenente Terror" foi "adequada"
O 2º tenente André Luiz Leonel Andréa agrediu a socos uma mulher, no quartel da PM de Bonito e imagens do circuito interno vazaram
“Não posso dizer que é suficiente, mas é adequada” é a avaliação dada pelo comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Marcos Paulo Gimenez para a transferência do 2º tenente André Luiz Leonel, denunciado por agredir uma mulher dentro do quartel da PM de Bonito.
A agressão aconteceu no dia 26 de setembro, flagradas pelo circuito interno do quartel da PM, mas o caso veio à tona somente dois meses depois, com a divulgação das imagens.
Na terça-feira (24), o Comando da PM determinou a transferência do 2º tenente para Campo Grande, por “inconveniência da permanência”, do comando do 3º pelotão de Bodoquena, distante 266 quilômetros da capital.
O militar, conhecido como "Tenente Terror" na área de atuação, foi dispensado da função de confiança que exercia como comandante da unidade. Também deixa o trabalho de rua e assume responsabilidades administrativas.
Hoje, durante o lançamento da Operação Boas Festas, no Comando-Geral da PM, Gimenez disse que a medida não é suficiente, mas é adequada. “Todas as medidas foram tomadas, como a transferência imediata da área de atuação, da área ocupacional para administrativa e do comando”, listou Gimenez, acrescentando, ainda, a instauração de investigação interna.
“Esse é fato isolado, não é atitude que representa a PM, mas essa ação infelizmente ocorreu e nós temos que apurar os fatos”, disse o coronel.
Caso – A mulher, de 44 anos, moradora de Corumbá, estava passando o fim de semana em Bonito com a família, quando se envolveu em uma confusão num restaurante da cidade, após a filha de 3 anos, que é autista, ser chamada de "verme da sociedade".
Segundo a mulher, as agressões começaram no quarto da pousada em que a família estava hospedada, após a Polícia Militar ser comunicada sobre o caso. Ela foi levada ao quartel da PM da cidade e espancada pelo tenente no local. As imagens vieram à tona somente dois meses após o crime.
Na segunda-feira (23), a vítima esteve em Campo Grande e denunciou o tenente à Corregedoria da Polícia Militar.