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Cidades

Contratado pelo "Fissura", garçom é preso com 250 comprimidos de ecstasy

Grupo tratava abertamente para venda de drogas e garçom foi contratado para receber encomenda pelos Correios

Silvia Frias | 05/07/2021 10:46
Foto dos comprimidos encontrado na caixa que chegou de Campinas, via Correios (Foto/Reprodução)
Foto dos comprimidos encontrado na caixa que chegou de Campinas, via Correios (Foto/Reprodução)

Garçom de 19 anos foi preso em flagrante ao receber, via Correios, encomenda com 250 comprimidos de ecstasy. Em depoimento, disse que foi contratado por um rapaz conhecido como “Fissura” que teria conhecido em grupo de WhatsApp onde era comum a negociação de drogas.

A prisão aconteceu na sexta-feira (2), após denúncia levada à Polícia Militar. Hoje, o garçom irá passar por audiência de custódia para que a Justiça avalie se o flagrante será ou não convertido em detenção preventiva.

Consta no registro da ocorrência, na Depac/Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) que a PM foi acionada depois que funcionários dos Correios averiguararam que encomenda que havia passado pelo aparelho de raios-x poderia ser droga.

A mercadoria estava endereçada em nome de rapaz residente na Vila Adelina, tendo como remetente uma pessoa de Campinas (SP).

Os policiais foram até o endereço indicado na caixa, chegando na casa do garçom, que recebeu a mercadoria e tem nome diferente do indicado como destinatária. O flagrante foi feito logo depois do garçom assinar o recibo dos Correios e voltava para o apartamento.

Ao averiguar a caixa, os policiais encontraram 250 comprimidos que, posteriormente, a perícia da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) constatou se tratar de ecstasy.

Em depoimento, o garçom disse que foi adicionado a grupo de WhatsApp denominado “Família Trance” que seria sobre divulgação de festas rave, mas que havia oferta aberta de drogas variadas, entre maconha, cocaína e ecstasy.

Há dois meses, o rapaz comprou 10 gramas de maconha de participante deste grupo chamado “Fissura”. Há duas semanas, esta mesma pessoa foi no grupo e ofereceru certa quantia em dinheiro para quem pudesse receber encomenda para ele.

O garçom aceitou a oferta, mas diz não saber que a encomenda se tratava de drogas. Disse não saber o nome de “Fissura”, que só o encontrou uma vez e o descreveu como sendo pardo, 1,80m, magro, cabelos descoloridos lisos e curtos e com várias tatuagens, inclusive, no rosto.

Também alegou não saber onde “Fissura” mora e que o combinado era avisar, via Whats ou ligação, quando a encomenda chegasse, meio de comunicação usado durante toda a negociação.

O garçom não tem antecedentes criminais.

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