Em 5 anos, apreensão de maconha subiu quase 150% em Mato Grosso do Sul
Em 2015, 279,1 toneladas da droga foram apreendidas, enquanto 2020 já registrou prejuízo de 674,2 toneladas ao tráfico

No último mês, 69 toneladas de maconha foram apreendidas pelas forças policiais estaduais, em Mato Grosso do Sul. O número, somado ao total apreendido desde o início de 2020, representa 674 toneladas da droga que foram retiradas do “mercado”. Em comparação com os últimos 5 anos, as apreensões até o dia 23 de novembro representam aumento de 141%.
Em 2015, segundo levantamento da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) 279,1 toneladas da droga foram apreendidas. No ano seguinte, o total apreendido foi 5% maior, 295,8 toneladas.
O balanço mostra ainda que, em 2017, o número foi ainda maior, 381 toneladas. Somente em 2018 é que houve pequena queda, 339,1 toneladas recolhidas em flagrantes e operações. Em 2019 o número voltou a subir, tendo sido apreendidas 369,5 toneladas de maconha.
Se o comparados os números de 2019 e 2020, o ano atual ainda nem acabou e já contabiliza 82,6% a mais de apreensões.
Só na quarta-feira (25), 8 toneladas de maconha foram apreendias pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira), na rodovia MS 485, em Amambai, a 360 quilômetros da Capital.
Na ocasião, a droga foi encontrada em caminhão Mercedes Bens, modelo L 1113. O flagrante aconteceu após policiais estranharem a freada brusca realizada pelo condutor. Em seguida, o suspeito abandonou o veículo e correu para região de mata, às margens da estrada. Buscas foram realizadas, mas o homem não foi localizado.
Motivos – Em entrevista ao Campo Grande News, no mês de outubro, o diretor do DOF, Wagner Ferreira da Silva, afirmou que o aumento nas apreensões está ligado à diversos fatores, três deles principais.
“Nunca tem somente uma causa, são vários fatores que temos que avaliar. Um deles é o aumento da demanda interna. Com a pandemia, o pessoal ficou mais tempo dentro de casa, teve depressão e questão do isolamento”, afirma.
Outros dois possíveis motivos para o aumento das apreensões, conforme Wagner, seria a maior oferta e o reforço nas fiscalizações.