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Cidades

Em MS, pretos, pardos e mulheres vivem em lares com a menor renda

Pesquisa revela que, entre os 10% da população de MS com os menores salários, 70,2% eram pretos ou pardos

Por Mylena Fraiha | 06/12/2023 17:05
Homem acessa aplicativo de Carteira de Trabalho, grupo mais beneficiado no mercado de trabalho (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Homem acessa aplicativo de Carteira de Trabalho, grupo mais beneficiado no mercado de trabalho (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que em Mato Grosso do Sul, entre os 10% da população com os menores salários, 70,2% eram de cor ou raça preta ou parda, enquanto apenas 28,3% eram brancos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6).

A pesquisa também mostra que, por outro lado, entre os 10% com os maiores rendimentos, 34,5% eram de cor ou raça preta ou parda, o que indica uma persistente disparidade nas oportunidades e ganhos entre diferentes grupos raciais.

Em relação ao rendimento domiciliar per capita médio, pessoas brancas apresentaram um valor de R$ 2.247,00, enquanto pessoas pardas tiveram uma média de R$ 1.438,00 e pessoas pretas, R$ 1.403,00.

Ou seja, pessoas brancas estavam em domicílios com renda per capita, em média, 58,2% superior à renda dos domicílios onde viviam pessoas pretas ou pardas.

Diferença por gênero - No ano de 2022, o rendimento domiciliar per capita médio no Estado alcançou R$ 1.796,00 por mês, superando a média nacional de R$ 1.586,00. Entretanto, apesar desse aumento, a pesquisa também revela que a disparidade de rendimento por gênero ainda persiste em Mato Grosso do Sul.

Analisando a divisão por gênero, os homens estavam associados a domicílios com um rendimento per capita mais elevado, atingindo R$ 1.885,00, enquanto as mulheres registraram um valor ligeiramente inferior, totalizando R$ 1.711,00.

Comparando com 2021, o ano passado teve um aumento expressivo no rendimento domiciliar per capita médio, chegando a 13,9%. As mulheres experimentaram um crescimento de 13%, enquanto os homens tiveram um aumento um pouco mais substancial, de 15%.

A pesquisa também revela que o aumento no rendimento domiciliar per capita médio, em 2022, significou uma reversão do quadro de queda nos rendimentos médios observados em 2020 (-5,6% ante 2019) e em 2021 (-8,2% ante 2020).

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