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Cidades

Entre carrões de traficantes, polícia apreende Lamborghini de mais de 2 milhões

Ângela Kempfer | 11/09/2020 12:38
Lamborghini avaliada em mais de R$ 2,3 milhões foi apreendida. (Foto: Divulgação PF)
Lamborghini avaliada em mais de R$ 2,3 milhões foi apreendida. (Foto: Divulgação PF)

A operação desencadeada hoje em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso terminou com 62 milhões apreendidos de quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas aqui no Brasil.

O que mais chamou atenção foram os carrões da quadrilha. Entre eles, uma Lamborghini avaliada em mais de R$ 2,3 milhões e um Porshe de cerca de R$ 500 mil.

Só em Campo Grande, os policiais recolheram 17 automóveis que estavam à venda em garagem apontada como empresa de fachada para a quadrilha. Mas o valor específico não foi divulgado. Os veículos entraram na contagem de R$ 20 milhões referentes também a aeronaves e jet-skis apreendidos em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Na capital, as investigações mostraram que surgiu a primeira garagem para promover a lavagem de dinheiro, a Classe A, que funcionava na Avenida Zahran até 2018. Depois, o mesmo CNPJ foi convertido para uma construtora fictícia. "Apesar de declarar o recebimento de recursos à Receita Federal, a empresa não funciona de fato, não tendo sido constatada qualquer venda de material ou construção de obra", indica a Polícia Federal.

Atualmente, a suspeita é de que outra revenda de automóveis fosse utilizada para o crime, a JV Motors, que foi alvo de buscas e apreensão hoje. "Era administrada por um dos homens de confiança dos líderes da organização criminosa, mas é utilizada por estes para a lavagem de capitais. A empresa foi aberta após o encerramento das atividades da primeira garagem de luxo de MS, servindo como destino de parte dos veículos negociados pelo grupo", detalha a investigação.

A Polícia Federal descobriu que "as contas bancárias da empresa costumam receber depósitos em dinheiro advindos do sistema de doleiros, o que denota a inserção de capitais ilícitos no funcionamento da garagem de veículos".

Em Cuiabá (MT), outra empresa de venda de automóveis de luxo era usada de fachada, que aparece em nome da esposa de um dos investigados. Na garagem foram encontrados vários veículos de chefes do tráfico, inclusive, a Lamborghini e o Porshe.

"O conjunto de bens registrado em nome da sua esposa e o padrão de vida que ambos mantêm estão longe de ser compatíveis com as receitas obtidas com a revenda de veículos", explica a PF.

O suspeito não tem nem conta bancária. "O suspeito de participar da quadrilha, nem sequer tem conta bancária.  Apesar do patrimônio ostentado pelo proprietário de fato da garagem, este não possui contas bancárias abertas em seu nome".



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