Estopim para a Omertá, ex-guarda municipal vai para presídio de Mossoró
Marcelo Rios está preso desde maio do ano passado. Flagrante de arsenal foi fio da meada para ação contra organização criminosa
Pivô do flagrante de arsenal que levou à operação Omertá, o ex-guarda municipal Marcelo Rios foi transferido para a penitenciária federal de Mossoró, Rio Grande do Norte, mesma unidade onde estão presos os empresários Jamil Name, Jamil Name Filho e dois policiais, também alvos da operação.
O então guarda municipal foi preso em maio do ano passado com arsenal, encontrado em uma casa no Jardim Monte Líbano, na Capital. Primeiro, Rios ficou no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e depois foi transferido para o Centro de Triagem Anízio Lima, no Jardim Noroeste.
No mês de junho, por motivo de segurança, foi incluído no sistema penitenciário federal, destinado a presos com alta periculosidade. A transferência foi para a unidade de Campo Grande, sendo o destino final Mossoró. No entanto, ele terminou 2019 ainda no presídio federal da Capital.
No último dia 4 de fevereiro, o oficial de Justiça foi à penitenciária federal de Campo Grande para intimar Marcelo Rios das audiências marcadas para 2 e 3 de março no processo pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, em abril de 2019.
Contudo, o oficial foi informado de que Rios foi para Mossoró. Ele é réu na ação por homicídio qualificado, que tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Com a prisão, Rios foi demitido pela Guarda Municipal em setembro do ano passado.
As transferências de presos na operação Omertá, que investiga organização criminosa e grupo de extermínio, começaram em outubro. O primeiro a ser levado para o Rio Grande do Norte foi o empresário Jamil Name. No mês seguinte, em novembro, Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo (policial civil aposentado) e Márcio Cavalcanti da Silva (policial civil) foram transferidos para Mossoró.