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Cidades

Famílias do Samambaia terão reforma de casas após espera de quase 10 anos

Com repasse de R$ 30,5 milhões do Governo Federal, Agehab inicia processo de “desfavelamento”

Por Kamila Alcântara e Ana Beatriz Rodrigues | 30/12/2024 15:58
Com regularização, casas receberam placas com a identificação do bairro (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Com regularização, casas receberam placas com a identificação do bairro (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Está oficializado o extrato para o repasse de R$ 30,5 milhões, do Governo Federal, para execução do programa Periferia Viva, que vai oferecer melhorias em 464 moradias no Bairro Novo Samambaia, em Campo Grande. Com a publicação desta segunda-feira (30), no DOE (Diário Oficial do Estado), o próximo passo é a abertura de licitação para execução das obras.

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O programa "Periferia Viva" foi oficialmente lançado, com um investimento de R$ 30,5 milhões do Governo Federal para a melhoria de 464 moradias no Bairro Novo Samambaia, em Campo Grande. A regularização fundiária da área, ocupada de forma precária desde 2016, está em andamento, com a abertura de licitação para as obras prevista. A equipe da Agehab já visitou as casas para identificar as necessidades dos moradores, que expressaram expectativas positivas em relação às melhorias, como reformas elétricas e de telhados. O projeto também inclui um apoio social para promover o pertencimento da comunidade.

A área é usada de forma precária desde 2016, quando foi ocupado. Em 2022, a Prefeitura de Campo Grande deu início à regularização fundiária da moradia. O espaço ficou conhecido por abrigar o antigo Clube de Campo Samambaia, na região do Jardim Los Angeles. O clube funcionou entre as décadas de 1970 e 2000.

O diretor executivo da Agehab (Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul), Ubiratan Chaves, explicou ao Campo Grande News que o poder público enxergou a necessidade de regularizar duas áreas naquela região. Uma é a Homex, que já passou pela regularização fundiária pela Emha (Agência Municipal de Habitação), enquanto o Estado ficou de resolver o Samambaia.

“É um trabalho demorado, pois é preciso fazer o levantamento detalhado de cada caso. Tanto que teremos apoio do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) para avaliar a situação, mas o objetivo é tirar aquelas famílias da situação de precariedade. Com o extrato de contratação publicado hoje, o próximo passo é a abertura de licitação para execução das obras”, adiantou Ubiratan ao Campo Grande News. 

Uma das ruas do Bairro Novo Samambaia (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Uma das ruas do Bairro Novo Samambaia (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Reconhecido como bairro recentemente, a equipe técnica da Agehab visitou as casas em meados de agosto para saber quais as necessidades das pessoas. “Durante esse processo, um posto de atendimento será montado no local para ofertas questões mais sociais, para que eles tenham a sensação de pertencimento e não deixem as moradias para ocuparem outro lugar”, reforça o diretor executivo.

Pelas ruas de areia avermelhadas, a expectativa é bem grande. A casa da salgadeira Luciene Fernandes, de 45 anos, já foi visitada pela equipe da Agehab e ela sabe muito bem o que será investido.

“Veio um pedreiro e uma engenheira, olharam tudo, mediram bastante. Foram eles que viram a necessidade de mexer na parte elétrica e no telhado da minha casa. Fiquei confiante, porque foram bem transparentes, dizendo que cada situação será estudada para conseguirem atender o máximo de pessoas possível”, compartilhou Luciene.

A dona de casa Perla Elizabeth Mendes, 48, mora no Samambaia há três anos e foi para lá por não ter condições de pagar aluguel. “Eu morava no Santa Emília e, quando cheguei aqui, era só uma peça e o banheiro. Fomos construindo aos poucos. O pessoal que fez a medição falou que será prioridade o piso da casa e melhorias no banheiro, que não tem acabamento”, detalhou.

Perla Elizabeth Mendes, 48, mora no Samambaia há 3 anos (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Perla Elizabeth Mendes, 48, mora no Samambaia há 3 anos (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Quem também pretende melhorar o acabamento da casa é a aposentada Guiomar Nunes, 65. “Tem muita coisa para reformar nessa casa, mas o forro e piso é um bom começo. Recebi a visita técnica antes de outubro, agora é só esperar ver se chegará mesmo”, termina.

Além dos R$ 30,5 milhões, enviados pelo Ministério da Fazenda, o Governo do Estado terá uma contrapartida de R$ 1,6 milhões. Essa ação faz parte do  programa Periferia Viva – Urbanização de Favelas (Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes – Novo PAC), com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

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