Gaúchos passam Mato Grosso do Sul em primeiro lugar na vacinação
Governo vai pedir mais doses na terça-feira (13) por conta de ter 13 cidades em região de fronteira no Estado
Motivo de orgulho dos sul-mato-grossenses nas últimas semanas no noticiário nacional, a liderança no ranking de vacinação contra a covid-19 no país foi retirada do Estado pelos gaúchos nesta quinta-feira. Mato Grosso do Sul segue em segundo lugar com 13,59% da população imunizada. Já o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 13,62%.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a expectativa é retornar ao primeiro lugar nos próximos dias. “Só em ficar entre os cinco primeiros já tá bom. Somos um estado que tem muita dificuldade quanto a situação territorial e logística. Acredito que vamos voltar a liderança porque é uma luta diária contra a covid-19 e pela preservação de vidas. Estamos pedindo para prefeitos e secretários fazerem nesse fim de semana o máximo de doses. Mas não adianta fazer todo o esforço se não tiver vacina”, ponderou.
Para ele, as ações das equipes de saúde estão mostrando o grau de envolvimento dos servidores, no entanto o governo federal não tem encaminhado doses suficientes e de forma regular para que o Estado continue no primeiro lugar de imunização do país.
“É um campeonato para salvar vidas. O mantra máximo continua o mesmo: vacina é no braço e não na geladeira”. Nesta sexta-feira (09) doses que estavam paradas nos polos indígenas foram cedidas ao Estado para serem incorporadas no processo de imunização da população. “Estamos vacinando os indígenas desaldeados, que moram na região urbana, ribeirinhos e a previsão é ampliar as doses nos profissionais de segurança e a segunda dose de quem já tomou a vacina.”
Na próxima terça-feira (13) o governo do Estado vai se reunir com o Ministério da Saúde para solicitar mais doses de vacina e kit intubação. “O kit está baixo em todos os estados brasileiro. Isso mostra mais uma falha de planejamento do governo federal. Vamos solicitar na reunião de terça-feira mais vacinas para o Estado justificando os 13 municípios que fazem parte da fronteira com o Paraguai e a Bolívia, principalmente por conta das cidades gêmeas. Vamos usar isso para pedir um quantitativo maior de imunizantes”, destacou Geraldo.
Quanto ao kit intubação, o secretário disse que já existem hospitais querendo fechar leitos por falta de medicamento. “A quantidade que chega é muito pequena. O Estado teve dificuldade para ter as compras consumadas e os hospitais também. Estamos em um dos piores cenários. Hospitais estão remanejando medicamentos para intubar paciente. É uma tragédia dentro da tragédia.”