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Cidades

Lideranças nacionais prestam apoio às comunidades indígenas de MS

Caravana Ecumênica foi até região de conflito no interior, que resultou na morte de indígena no mês passado

Gabrielle Tavares | 21/07/2022 15:03
Indígenas da área de retomada Tekoha Jopara. (Foto: Giovanni Coletti)
Indígenas da área de retomada Tekoha Jopara. (Foto: Giovanni Coletti)

Caravana Ecumênica, formada por lideranças religiosas de todo o país, visitaram nesta quinta-feira (21) comunidades Guarani e Kaiowá em Dourados, que foram vítimas de violência nos últimos meses.

As 30 cestas básicas foram entregues às famílias das áreas de conflitos, onde grupos indígenas estão em situação de insegurança alimentar. A agenda continua amanhã na cidade, com ato na Praça Antônio João, em frente à Catedral, às 10h. A expectativa é que mais de 300 pessoas participem do evento.

A visita do grupo ao Estado tem como objetivo denunciar os crimes de violência contra os povos indígenas, principalmente Guarani e Kaiowá. A Caravana é formada por representações de igrejas cristãs luteranas, anglicanas, presbiterianas, católicas, organizações ecumênicas, do Conselho Nacional de Direitos Humanos, entre outros.

Ontem (20), estiveram em Campo Grande, onde realizaram uma roda de conversa na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

A conselheira do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos) Mônica Alckmin, que também integra o CNDH (Conselho Nacional dos Direitos Humanos) lembrou que as mortes dos indígenas levaram o Brasil a ser denunciado na ONU (Organização das Nações Unidas), no dia 27 de junho. Na ocasião, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) fez um "apelo urgente" diante dos ataques.

Foram 30 cestas básicas entregues nas comunidades. (Foto: Giovanni Coletti)
Foram 30 cestas básicas entregues nas comunidades. (Foto: Giovanni Coletti)

“Nós recebemos uma denúncia, então entre as denúncias que chegam no Conselho Nacional, muitas vezes a gente vai ao local e busca mais elementos que possam se desdobrar em posicionamentos”, explicou.

A denúncia em questão se refere a um confronto entre indígenas da etnia Guarani-Kaiowá e a polícia militar no dia 24 de junho deste ano, em uma ocupação realizada pelos indígenas na Fazenda Borda da Mata, em Amambai.

A ocasião ficou conhecida como “Massacre do Guapoy” e deixou 33 feridos, sendo três policiais e um indígena, além da morte de outro indígena.

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