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Cidades

Ministério da Justiça cria canal para receber denúncias de ataques em escolas

De forma anônima, é possível denunciar publicações, blogs, sites, fóruns, perfis e conteúdos suspeitos

Gustavo Bonotto | 11/04/2023 21:53
Estudantes em sala de aula. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Estudantes em sala de aula. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

MJSP (Ministério de Justiça e Segurança Pública), em parceria com SaferNet Brasil, criou canal exclusivo para receber informações de ameaças e ataques em escolas. Nomeado de Operação Escola Segura, é possível denunciar publicações, blogs, sites, fóruns, perfis e conteúdos suspeitos sem a identificação do denunciante.

Os links denunciados serão automaticamente cruzadas com a base de dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, criada pela SaferNet Brasil e operada em parceria com o MPF (Ministério Público Federal).

De acordo com o órgão, centenas de agentes estão trabalhando de forma integrada no monitoramento de ameaças: 51 chefes de delegacias de investigação, 89 chefes de agências de inteligência (incluindo Polícias Militares e Civis estaduais) e 25 policiais federais.

Clique aqui e acesse o portal.

O cenário – Desde a semana passada, quando o Brasil testemunhou massacre em creche de Blumenau (SC), o medo do “efeito contágio” – ou seja, que novas escolas sejam alvo de ataques sangrentos – se espalha, a cada dia com mais rapidez.

Na semana passada, a PM (Polícia Militar) recebeu seis chamados para ocorrências em escolas de Campo Grande. Chegou a haver revista de alunos, mas as ameaças não passavam de trotes.

Nesta segunda-feira (10), chegaram ao Campo Grande News dez denúncias de “atentados” em colégios da rede municipal e estadual da Capital – nos bairros Universitário, Recanto dos Rouxinóis, Pioneiros, Centro Oeste, Aero Rancho, Caiçara, Guanandi, Coophavilla 2 e Lar do Trabalhador. A maior parte delas, feitas pelos pais dos alunos e que também eram alarmes falsos.

Efeito contágio – O Campo Grande News optou por não detalhar as supostas ameaças e nem expor as escolas que tiveram problemas para não contribuir com o chamado “efeito contágio”.

Na última semana, veículos de comunicação de todo o Brasil anunciaram mudanças nos protocolos de cobertura de ataques em escolas, baseados em recomendações de estudiosos em comunicação e violência.

Ao exibir imagens e contar a história do agressor, a mídia pode favorecer a proliferação de ataques a escolas e creches, por exemplo. O que esses assassinos buscam, dizem estudos, é a notoriedade instantânea.

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