Ministério da Saúde decide retomar vacinação de grávidas e puérperas
Segundo nota técnica, segurança da imunização compensa risco benefício dos efeitos colaterais
O Ministério da Saúde publicou nota técnica nesta quinta-feira (08) confirmando a retomada da imunização de gravidas e puérperas no PNI (Plano Nacional de Imunização). A indicação é para aplicar apenas as vacinas das marcas Pfizer e Coronavac.
O ministro Marcelo Queiroga afirmou ainda que não deverá ser feito o intercâmbio de vacinas. “É preciso seguir as orientações do PNI. A melhor maneira de ter eficiência na política de vacinação é a discussão ampla na tripartide e apoio da discussão dos especialistas. Pedimos para que os secretários não criem metodologias próprias de vacinação.”
Ele destacou que após um amplo debate técnico foi possível divulgar a nota técnica hoje. “Não há porque suspender essa vacinação. PNI entendeu que deveria incluí-las novamente. Recomendamos que as gestantes que receberam doses da Astrazenica, façam a segunda dose com a mesma marca após o puerpério.”
A justificativa para manter a imunização foi o risco benefício da segurança e eficácia. Segundo secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, não houve um estudo da fase três em gestantes até o momento.
“Existe um grupo de 3 milhões de gestantes, 500 mil já foram vacinadas porque estavam no grupo de risco, sendo 48.202 de Astrazenica. Existe o número de 39 mortes a cada 100 mil gestantes. Mas o risco benefício é fundamental neste momento”, explicou.
O Ministério da Saúde vai estudar cada caso de exceção que surgir de forma detalhada e pediu para não criar alarde. Ainda será analisado possibilidades futuras de complementação de vacinas.