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Cidades

Ministros recebem comissão da OAB-MS que pede resgate de juízas do Afeganistão

Entidades defendem remoção, asilo político, passaporte provisório e acolhimento à juízas

Caroline Maldonado | 31/08/2021 08:55
Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, que se reúne com representante da OAB-MS hoje. (Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)
Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, que se reúne com representante da OAB-MS hoje. (Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)

O presidente da Comissão de Defesa e Assuntos Estratégicos da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Marco Antônio Barbosa, participa de reunião em Brasília, na manhã de hoje (31), para discutir o resgate de 270 juízas que estão no Afeganistão sob ameaça do regime Talibã. A reunião é com o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e a ministra do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha.

Na semana passada, a OAB-MS encaminhou ofício ao Ministério das Relações Exteriores, pedindo ao Governo Federal que dê auxílio e providencie o resgate das juízas.

O documento também foi assinado pela Cadee (Comissão de Assuntos de Defesa e Estudos Estratégicos), STM (Superior Tribunal Militar) e a Associação Internacional de Mulheres Juízas. As entidades pedem remoção, concessão de asilo político, passaporte provisório e oferta de espaços de acolhimento e alimentação das magistradas.

Na reunião de hoje, as entidades pretendem obter uma resposta do Governo Federal à solicitação feita, de acordo com o presidente da OAB-MS, Mansour Elias Karmouche. “Essa reunião foi solicitada por nós, grupo que está liderando esse movimento. A reunião acontece hoje de manhã com os ministros”, comentou Karmouche.

Conforme Karmouche, notícias citam que as juízas afegãs estão em perigo devido à natureza de seu trabalho e às decisões anteriores que proferiram nos tribunais e alguns juízes já perderam suas vidas em ataques terroristas e outros recebem diariamente ameaças. A OAB defende que os magistrados não podem ficar à mercê dos grupos e merecem ajuda por trabalharem defendendo o estado democrático de direito.

A ministra do STM já se manifestou anteriormente, classificando o iminente risco de morte às magistradas como situação dramática. Para ela, a única saída para a defesa dos direitos humanos seria trazê-las ao Brasil.

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