MS registra 4 mortes por covid e Saúde alerta para os perigos em não se vacinar
Secretário de Saúde pediu que população busque vacina para evitar novo crescimento de casos
Boletim epidemiológico publicado nesta sexta-feira (12) traz quatro novas mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul, com três vítimas que morreram na quarta-feira e uma que foi a óbito em fevereiro, mas só houve registro hoje. Em média, o Estado tem confirmado aproximadamente duas mortes a cada 24 horas.
O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Geraldo Resende, reforçou, durante transmissão nesta manhã, que é preciso evitar aglomerações, continuar usando máscaras e as regras básicas de higiene. Além disso, o pedido das autoridades estaduais é de que a população sul-mato-grossense busque os imunizantes, para evitar com que a pandemia cresça novamente.
Ele ressaltou que países europeus têm sentido uma nova onda de casos por conta de pessoas que são contrárias à vacinação anticovid.
Está mostrando um crescimento muito grande da doença nesses países. Inclusive com medidas que estão levando ao lockdown, fruto dos não vacinados. Os que não vacinaram estão levando a contaminação e fazendo com que a doença continue muito presente nesses países".
"A doença não está, de fato, ainda, totalmente controlada. Como estamos prestes a ter um final de semana prolongado, mais uma vez queremos pedir à população de Mato Grosso do Sul que possa observar todos os cuidados que temos orientado, a mais de um ano e sete meses", pediu o secretário estadual de Saúde.
Conforme mostrou o Campo Grande News, a vacinação desacelerou no Estado e o índice de imunização está próximo a 66% há alguns dias. Além da falta de novos grupos, outro fator é o não comparecimento de quem já pode receber a dose. O Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde) indica que 288 mil pessoas não buscaram o reforço ainda.
Reforço - Resende continua no pleito pela ampliação de públicos aptos a receberam a dose adicional da vacina. O Ministério da Saúde só permite a vacinação com o imunizante adicional a quem tem 60 anos ou mais, profissionais de saúde e pessoas com imunodeficiência.
"Precisamos de avançar na vacinação da população, principalmente com a dose de reforço", afirmou, ao mencionar que pretende ampliar o reforço a adultos, acima dos 50 anos, e indígenas, acima dos 18 anos. Segundo ele, pedidos já foram encaminhados à pasta federal, mas sem novas atualizações.
Cerca de 23% das 60 pessoas internadas em Mato Grosso do Sul, segundo ele, são indígenas, o que indica que, passados meses após a imunização desse grupo - priorizado inicialmente pelo Plano Nacional de Imunização - a imunidade tem reduzido e torna-se necessária uma nova aplicação.
"Surtos que ocorrem em Caarapó, Japorã, Paranhos e Tacuru já têm esses desdobramentos. Número maior de indígenas internados em todo o processo de pandemia", frisou.
Por fim, ele também mencionou que outros países já vacinam crianças com menos de 12 anos, diferente do Brasil, cuja Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permite apenas a adolescentes acima dessa faixa etária.