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Cidades

Obra da ponte sobre o Rio Paraguai começa em janeiro

A travessia concretiza um sonho de décadas, tornando Porto Murtinho o centro econômico da Rota Bioceânica

Viviane Oliveira | 07/11/2022 08:38
Em janeiro começa a obra do lado brasileiro, em trecho do Pantanal (Foto: divulgação / portal Governo do Estado)
Em janeiro começa a obra do lado brasileiro, em trecho do Pantanal (Foto: divulgação / portal Governo do Estado)

A ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta, está em construção dentro do cronograma de conclusão, prevista para dezembro de 2024.

Em janeiro começa a obra do lado brasileiro, em trecho do Pantanal. A área está sendo preparada e o consórcio binacional de construtores aguarda licença da Receita Federal para movimentação de equipamentos.

A gigantesca obra financiada pelo Paraguai, com recursos (R$ 575,5 milhões) da Itaipu Binacional, segue em ritmo acelerado e começa a mudar a realidade do lado paraguaio, com expansão urbana de Carmelo Peralta.

A travessia concretiza um sonho de décadas: a ligação rodoviária entre os oceanos Atlântico (Santos) e Pacífico (Chile), tornando Porto Murtinho o centro econômico da Rota Bioceânica e Mato Grosso do Sul em um hub logístico da América Latina. A Rota Bioceânica vai encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

A ordem de serviço da ponte, que será implantada no km 1000 da Hidrovia do Paraguai e distante 7 km pelo rio ao norte de Porto Murtinho, foi dada no dia 13 de dezembro de 2021 pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benitez, em ato na fronteira com a presença do governador Reinaldo Azambuja.

“A ponte tem um simbolismo muito forte ao garantir esse corredor ao Pacífico, que dará maior competitividade a Mato Grosso do Sul e a toda região Centro-Oeste, integrando definitivamente o bloco de quatro países não só economicamente, mas também na cultura e no turismo”, destaca o governador. “O Centro-Oeste exporta 68% de sua produção aos países asiáticos e a rota vai encurtar distâncias e reduzir o custo do frete em até 35%”.

Conforme o engenheiro Sebastião Ronquim, gerente de Planejamento do consórcio binacional, em duas semanas o serviço será intensificado do lado brasileiro com a mobilização dos equipamentos e início da implantação da usina de concretagem. O consórcio depende da legalização aduaneira dos maquinários importados junto à Receita Federal.

“Estamos mobilizados para começar essa nova etapa da obra no início do próximo ano, o que será possível com o acesso aberto pelo Governo do Estado e pela prefeitura de Porto Murtinho para que possamos movimentar máquinas pesadas, como as perfuratrizes”, disse.

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