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Cidades

Prefeitura demite servidor preso em operação do Gaeco

A ação investiga fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e pagamento de propina

Aline dos Santos | 24/07/2023 11:10


Na 6ª feira, Tiago Basso da Silva chega ao Presídio de Trânsito, em Campo Grande (Foto: Alex Machado)
Na 6ª feira, Tiago Basso da Silva chega ao Presídio de Trânsito, em Campo Grande (Foto: Alex Machado)

A Prefeitura de Sidrolândia exonerou o servidor comissionado Tiago Basso da Silva, que na última sexta-feira (dia 21) foi preso em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele já estava afastado há dois meses devido a tratamento médico.

De acordo com o apurado pela reportagem, o documento oficializando a exoneração será publicado amanhã no Diário Oficial de Sidrolândia, mas com data retroativa ao dia 21, quando houve a segunda fase da operação Tromper.

A ação investiga organização criminosa por fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e  pagamento de propina a agentes públicos. Desde sexta-feira, o Campo Grande News tentava contato com a prefeita Vanda Camilo (PP).

Nesta segunda-feira (dia 24), no começo da manhã, a informação oficial é de que ela cumpriria compromisso previamente agendado em Campo Grande, a 71 km de Sidrolândia. Mas, às 11h40, a reportagem foi informada sobre cancelamento do compromisso na Capital.

“Hoje é o primeiro dia útil desde a operação e a prefeita está fazendo levantamento com a procuradoria jurídica e controladoria do município. Avaliando quais medidas tomar”, afirma Waldemar da Costa, chefe de gabinete da prefeitura de Sidrolândia.

Vanda Camilo, no fim da manhã, se manifestou por meio de comunicado. "Exonerei o servidor Tiago Basso da Silva, que se encontra sob investigação, reafirmando nosso compromisso com a transparência e a legalidade em todas as instâncias da administração municipal. Apoiamos integralmente os órgãos de fiscalização e repudiamos qualquer conduta que vá contra os princípios éticos e legais. Nossa gestão permanece firme no objetivo de servir à comunidade, garantindo o interesse público como prioridade", destaca a prefeita.

O Gaeco identificou, por meio de quebra de sigilo bancário, que Tiago Basso da Silva recebeu em sua conta pessoal R$ 2 mil de uma das empresas envolvidas no esquema, a PC Mallmann (Rocamora). Até 2020, ele atuou em cargo comissionado como chefe do setor de execuções e fiscalização e atestava as notas fiscais, uma delas identificada em licitação supostamente fraudulenta.

Conforme consulta ao Portal da Transparência, o servidor tinha remuneração de R$ 1.900. O advogado João Carlos Gomes entrou com pedido de habeas corpus para libertar Basso.

Gaeco voltou à Prefeitura de Sidrolândia na 2ª fase da operação Tromper (Foto: Paulo Francis)
Gaeco voltou à Prefeitura de Sidrolândia na 2ª fase da operação Tromper (Foto: Paulo Francis)

A segunda fase da operação também prendeu os empresários Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”, e Roberto da Conceição Valençuela. No ano de 2020, Ueverton chegou a se candidatar a vereador pelo PSD, mas a candidatura foi indeferida por conta da Lei da Ficha Limpa.

Roberto é sócio administrador da R & C Comércio, Serviços e Manutenção Ltda. A empresa tem como principal atividade o comércio varejista de ferragens e ferramentas. Além de 55 atividades secundárias.

Também foi decretada a prisão do empresário Ricardo Rocamora, que está foragido. "Tromper", verbo que dá nome à operação, traduz-se da língua francesa como enganar. A primeira etapa foi deflagrada no mês de maio.

A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos citados.

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Matéria editada às 11h44 para incluir o comunicado da prefeita Vanda Camilo sobre a operação Tromper.

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