Prefeitura espera fim de chuvas para iniciar obras contra assoreamento
Titular da Sisep espera que projeto seja apresentado na próxima semana, mas afirma que intervenções dependem de estiagem para serem executadas
Aconteceu na tarde desta quarta-feira (13), na sede da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), no Parque dos Poderes, mais uma das reuniões focadas nas ações conjuntas entre administração estadual e Prefeitura de Campo Grande para conter o assoreamento no lago do Parque das Nações Indígenas. A expectativa é de que um cronograma de ações seja anunciado na semana que vem, porém, as ações dependem da redução das chuvas que, nos últimos dias, caíram com frequência sobre o Estado.
“Estamos fazendo uma sequência de reuniões, iniciada em fevereiro, para estabelecer as ações em conjunto com o governo do Estado para conter o assoreamento”, destacou o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, após o fim da reunião desta tarde. O titular da Semagro, Jaime Verruck, também participou das discussões.
Fiorese salientou que, no momento, governo e prefeitura “estão ultimando os detalhes” das obras, cujas responsabilidades já foram partilhadas. “Acredito que na semana que vem faremos um anúncio das intervenções”, pontuou.
Conforme o cronograma, o governo estadual fará ações para proteger o Córrego Joaquim Português, que se une ao Córrego Desbarrancado dentro do Parque Estadual do Prosa.
Réveillon – Já a Prefeitura de Campo Grande deverá executar uma bacia de contenção no Córrego Réveillon, a fim de evitar que sedimentos levados pelo curso d’água cheguem ao lago. Isso deve envolver alterações em um projeto inicial, no qual a Sisep programava a construção de um piscinão no leito do Réveillon para conter enxurradas.
A prefeitura havia descartado o projeto, apontando que as novas redes de drenagem na região da Mata do Jacinto e do Carandá Bosque reduziram substancialmente a carga de enxurradas que desciam para o Córrego, optando por uma conexão entre redes sob a Avenida Mato Grosso. Fiorese, porém, confirmou que o projeto passa por nova avaliação.
“Está sendo feita a revisão do projeto, então, no momento não sabemos se ainda vai ser necessário”, disse o secretário municipal acerca do piscinão –a bacia para sedimentos, porém, será construída. Ele informou, porém, que qualquer obra no Córrego Réveillon “só pode começar depois do fim da temporada de chuvas”.
A mobilização em torno das obras para salvar o lago do Parque das Nações Indígenas foram desencadeadas depois que reportagem do Campo Grande News, a partir de flagrantes de leitores, mostraram que um banco de areia avança sobre o espelho d’água, ameaçando a integridade de um dos cartões postais da cidade –que já ganhou um “abração”, por meio de campanha online, e pedidos de providências vindos dos Legislativos municipal e estadual.