Salas multifuncionais dão condições de permanência para alunos com deficiência
Segundo a secretaria, 3,2 mil alunos com necessidades específicas estão matriculados na rede
Salas de recursos multifuncionais são espaços que oferecem condições de permanência para alunos com necessidades específicas na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Um exemplo é a Escola Estadual Aracy Eudociak, no Jartdim Tijuca, em Campo Grande que atende adolescentes e jovens da unidade e outras escolas.
Professora responsável pela sala de recursos multifuncionais, Maria Ivone Banhes explica que a escola tem 10 alunos com deficiência matriculados. Como a escola é de tempo integral, durante um período os alunos estudam as matérias da base comum e durante as aulas eletivas, são levadas para as salas onde são acompanhados por profissionais.
“O objetivo principal é dar condições de permanência para o aluno. Nós buscamos auxiliar na dificuldade de cada um, fazer com que a pessoa seja integrada na sociedade escolar e possa ter independência”, explica.
Maria Félix de Carvalho é diretora-adjunta da escola e fala orgulhosa do trabalho desenvolvido em equipe e, principalmente dos resultados positivos. “Já vimos o caso de um aluno que entrou aqui e não falava, não comia e não ia ao banheiro sozinho. Tivemos o privilégio de acompanhar o seu progresso e perceber o quanto ele desenvolveu autonomia e já consegue fazer muita coisa sem ajuda de ninguém”, diz.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação (SED), 3200 alunos com alguma deficiência estão matriculados no Estado e 180 salas são voltadas ao atendimento específico. A rede conta com uma média de uma sala a cada duas unidades escolares, que segundo a SED é considerado um número elevado.
Materiais utilizados em sala
A professora Maria Ivone apresentou cada um dos objetos utilizados em sala e o objetivo de cada. Entre os que mais chamam a atenção ao entrar no local são os globos e mapas com alto relevo, utilizados no ensino de pessoas com deficiência visual; teclados adaptados com colmeia acrílica que facilitam o uso do computador por alunos com alguma deficiência motora e o quadro psicomotor que estimula em diversas atividades.
O trabalho também é desenvolvido fora das salas, com a interação dos demais alunos e a equipe de professores. “É um trabalho em equipe em prol de um só objetivo, ajudar na formação do aluno”, pontua a profissional.