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Cidades

Secretário classifica como "discussão de trânsito" episódio com ex-titular da PC

Titular da Sejusp, Antônio Videira, diz que caso não teria "repercussão tão grande" se não envolvesse delegado

Silvia Frias e Cleber Gellio | 22/02/2022 12:39
Titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, durante posse do novo diretor-geral da PC, Roberto Gurgel (de máscara). (Foto: Marcos Maluf)
Titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, durante posse do novo diretor-geral da PC, Roberto Gurgel (de máscara). (Foto: Marcos Maluf)

O titular da Sejusp (secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, classificou como “mais uma discussão no trânsito”, o episódio envolvendo o ex-diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo.

Videira falou sobre o caso durante a posse de Roberto Gurgel, que assumiu a diretoria-geral da PC depois que Garcia pediu demissão do cargo, justamente por conta da repercussão da briga de trânsito ocorrida no dia 16, na Avenida Mato Grosso.

“Nós não estamos isentos à lei porque somos policiais, ao contrário, somos muito mais cobrados. Talvez, a discussão de trânsito não tivesse gerado tudo aquilo, seria mais uma discussão no trânsito, como acontece diariamente, não é verdade?”, indagou Videira, ao ser questionado sobre o andamento da investigação.

“Porém, envolvendo autoridade policial, envolvendo delegado-geral, teve repercussão muito grande”, disse o titular da Sejusp.

Adriano Garcia pediu demissão do cargo na DGPC. (Foto: Arquivo)
Adriano Garcia pediu demissão do cargo na DGPC. (Foto: Arquivo)

Videira explicou que a investigação sobre os fatos que desencadearam a briga no trânsito corre em duas esferas: no inquérito criminal, a ser tocado pela delegacia da área, a 3ªDP e o processo administrativo, este, na esfera pública.

O titular da Sejusp não quis se adiantar sobre os procedimentos até agora realizados. “Não há como fazer juízo de valor sem ter a conclusão dos laudos; se a conduta eventualmente caracterizar abuso de autoridade ou infração administrativa, vai ter reprimenda”, explicou.

 O caso está sendo acompanhado pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Acadepol (Academia da Polícia Civil de MS) e está sendo investigado pela MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Saída - O pedido de demissão de Garcia foi consequência direta da briga de trânsito ocorrida na noite de quarta-feira (16), na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande. Na versão apresentada pelo delegado, ele teria sido fechado pela condutora do Renault Kwid, que passou a fazer manobras perigosas pela via.

O delegado diz que tentou abordá-la, mas a motorista tentou atropelá-lo e, por isso, Garcia atirou nos pneus do carro. A PM (Polícia Militar) foi acionada em seguida. A jovem, artesã de 24 anos, diz que afogou o carro na via quando abriu o sinal e ouviu buzina do carro que estava logo atrás, conduzido pelo delegado-geral. Irritada, mostrou o dedo médio e diz que passou a ser perseguida por ele.


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