Formatura de filha de delegado adia reunião com Sejusp sobre tiros no trânsito
Briga no trânsito, que envolveu delegado de MS e mulher de 24 anos, terminou em tiros na Av. Mato Grosso
A conversa entre o delegado-geral da PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), Adriano Garcia, e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), sobre a perseguição no trânsito que terminou em tiros, em Campo Grande, vai ficar para a próxima semana. Isso porque o delegado tem formatura da filha e estará em Curitiba (PR) neste fim de semana.
A viagem não pôde ser adiada, de acordo com o secretário da Sejusp, Antônio Carlos Videira. "Ele voltará no domingo, então, na próxima semana, conversaremos pessoalmente. Por isso, tivemos uma conversa ontem, pelo telefone mesmo", disse o secretário.
Diálogo que não será exposto para, segundo Videira, não ser emitido um juízo de valor. "Não posso emitir um juízo de valor ainda, pois, em um eventual abuso do delegado, quem vai punir sou eu. Caso eu emita juízo de valor, pode acarretar em minha suspeição", explicou.
No entanto, Videira afirma que a apuração terá a "maior transparência e imparcialidade possíveis". O secretário afirma que já se reuniu com o governo sobre o assunto "pela repercussão que causou". Ministério Público, OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul) e TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acompanham a apuração dos fatos.
Confusão - A confusão ocorreu na noite de quarta-feira e terminou com tiros disparados pelo delegado-geral nos pneus de uma motorista, artesã de 24 anos. Em sua versão, o delegado afirma que a jovem estava fazendo manobras perigosas, não respeitou a abordagem e tentou o atropelar, sendo que precisou efetuar os disparos.
No entanto, a jovem nega que tenha cometido qualquer imprudência no trânsito. Ela acredita que foi perseguida após mostrar o dedo do meio para o delegado, quando levou uma buzinada no sinal.