Segurança foi reforçada para evitar “guerra” no lado brasileiro, diz secretário
Equipes do Bope, Choque e Garras foram para a fronteira após série de assassinatos
Os recentes casos de assassinatos no lado paraguaio da fronteira com o Brasil obrigou a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) a reforçar o efetivo com equipes do Bope, Choque e também do Garras. De acordo com o secretário Carlos Videira, a medida é para “impedir que a guerra venha ocorrer em território brasileiro”.
Na quinta-feira (27) quatro corpos foram encontrados na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Os quatro eram ligados ao empresário Fahd Jamil, apontado como “rei da fronteira”, investigado na Operação Omertà, e a segurança foi reforçada para evitar uma série de vinganças na região.
“Pedro Juan Caballero, assim como cidades gêmeas fronteiriças, são estrategicamente interessadas para o ponto de vista do crime. Nós sempre tivemos equipes voltadas com o Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e batalhões locais. Neste momento de aumento de crimes em Pedro Juan e Capitán Bado, estamos reforçando essas equipes”, afirmou Videira.
Segundo ele, não há prazo de permanências das equipes na fronteira do Brasil com o Paraguai. Videira afirmou ainda que a inteligência do Estado tem atuado em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Federal e Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) buscando capturar foragidos dos dois lados da fronteira.