"Serão insuficientes", diz Geraldo sobre UTIs diante do baixo isolamento
Secretário voltou a fazer o alerta na transmissão ao vivo da tarde deste sábado
Crescimento de casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul pode inviabilizar o atendimento adequado de pacientes com sintomas graves da doença e que tendem a precisar de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Segundo o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, em live nesta manhã, “os leitos de UTI serão insuficientes se não atingirmos patamares de isolamento social adequados”. Ele voltou a alertar que as taxas de isolamento em Mato Grosso do Sul e na Capital são “ridículas”.
Para se ter uma ideia, o aumento no número de casos em Mato Grosso do Sul da semana passada para cá foi de 70%, saltando de 3.037 confirmações para 5.009, sendo que o crescimento é percebido em todas as regiões do Estado.
Em Campo Grande, atual epicentro da doença em MS, a quantidade de confirmações subiu de 1.868 na semana passada, para 3.230 nesta, e conta com 8.187 casos confirmados da doença; Dourados saltou de 782 confirmações em uma semana para 1.079 nesta, totalizando 4.115.
O aumento também foi percebido em Três Lagoas e Corumbá, onde, na primeira, de 215 casos confirmados na semana passada, passou para 373 nesta e conta hoje com 592 confirmações. E em Corumbá, o salto foi de 172 para 327 e tem atualmente 991 confirmações da doença.
O aumento é comprovado através dos testes feitos para detecção da doença, e para se ter uma ideia, em 14 dias, estudo realizado com base nos resultados positivos de exames moleculares, o RT-PCR, que é mais assertivo no diagnóstico da doença, houve alta em todas as macrorregiões do Estado.
Na Capital o aumento foi de 47%, em Dourados de 23%, em Três Lagoas de 50,8% e em Corumbá, de 103,4%.
Óbitos – Outra situação preocupante, segundo o secretário Geraldo Resende, é a taxa de letalidade. Apesar de Mato Grosso do Sul manter índice considerado baixo de 1,4%, com 292 mortes num universo de 21.015 casos confirmados, na macrorregião de Corumbá, que envolve tanto este município quanto Ladário, tal taxa é de 2,6%.
Quando esses dados são transportados para uma linha de proporções diante de 100 mil habitantes, apresenta-se um coeficiente de letalidade de 21,5 para cada 100 mil, o mais alto do Estado. Campo Grande, Dourados e Três Lagoas aparecem com índices de 9,1; 13,0; e 7,7 respectivamente.
Para Resende, isso mostra “que precisamos de mais intervenções no sentido de buscar parcerias para tratar, dentro dos que precisam de UTI, um tratamento mais efetivo pra evitar essa taxa de letalidade e esse coeficiente de letalidade tão altos”.