Secretaria corrige dados de internação e MS "reduz" quase 200 internados
Secretaria Estadual de Saúde alega que houve "duplicidade" de dados sobre internados por covid no Estado
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Boletim epidemiológico divulgado ontem (13) indicava que Mato Grosso do Sul tinha 1.204 internados por covid em leitos clínicos ou de terapia intensiva, mas tratava-se de um erro no registro - na realidade, conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), eram 1.032 hospitalizados, quase 200 pessoas a menos.
A secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, justificou que a divergência nos dados aconteceu por conta de intercorrências técnicas. "[Foi um] problema no nosso sistema que fez uma duplicidade de dados. Imediatamente, nós fizemos a errata", disse em coletiva nesta manhã.
Conforme documento publicado nesta sexta-feira (14), o Estado tem, até atualização mais recente, 1.042 internados - 10 a mais que ontem.
Campo Grande - A macrorregião de saúde de Campo Grande, ainda de acordo com detalhamento publicado hoje, possui 87% dos leitos de terapia intensiva ocupados - dos quais maior parte (58%) são pacientes com covid.
Ontem, conforme noticiado pelo Campo Grande News, a região - que engloba outros 30 municípios do Estado - apresentou índice de 117%. Isso significava que todos os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estavam com pacientes e que ainda havia excedente (17%) de pessoas em leitos improvisados ou não oficializados.
Por se tratar de uma variação muito significativa, em comparação com o dia anterior, que registrou 89%, essa disparidade também pode ser justificada pelos erros técnicos nos dados.
Ainda assim, nesta manhã, a reportagem questionou tanto a SES quanto a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) se houve, de fato, divergência nos números apenas em relação à ocupação de leitos de UTI, mas não foi respondida até o momento de publicação desta matéria.
Vale lembrar que pelo 3º dia consecutivo, a macrorregião da Capital registrou aumento de pacientes esperando abertura de UTI - atualmente, são 78, conforme a Central de Regulação. Na quarta-feira (12), a pasta municipal havia dito que por se tratar de um índice muito "flutuante", não era possível dizer se havia piora na disponibilidade de estruturas hospitalares.