TJ volta a "punir" juiz com aposentadoria compulsória
Resultado do julgamento contra o magistrado Aldo Ferreira foi publicado nesta sexta-feira
O juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior voltou a ser punido com aposentadoria compulsória pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A decisão, publicada na edição desta sexta-feira (dia 30) do Diário da Justiça, foi tomada na última quarta-feira pelo Tribunal do Pleno, durante julgamento de novo processo administrativo disciplinar. Conforme o Portal da Transparência, o magistrado aposentado recebeu R$ 29.118 do tribunal em julho.
A decisão foi nos termos do voto do relator, o desembargador Paulo Alberto de Oliveira. O extrato do julgamento informa que uma desembargadora estava ausente de forma justificada e outros cinco se declararam impedidos. Contudo, os nomes não foram publicados.
A primeira aposentadoria compulsória do juiz foi em fevereiro de 2022. A reportagem apurou que a cada processo, a punição está sendo repetida.
Antes da aposentadoria compulsória, o magistrado ficou cinco anos afastado após denúncia de transformar o Judiciário num “balcão de negócios”. Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o juiz usava laranjas para esconder a receita de suas transações do controle do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
O Campo Grande News recebeu posicionamento da advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, esposa do juiz. “Mais uma vez o TJMS decide contrário às provas dos autos e a defesa recorrerá aos Superiores Tribunais a fim de alcançar uma decisão realmente isenta e imparcial”. A defesa também destaca ainda que a decisão nem está disponível nos autos, apesar da publicação no Diário da Justiça.
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