Apreensão de carga milionária de cigarro em 1 dia equivale a total de 2016
Foram 410 mil pacotes encontrados num comboio de caminhões na última quarta-feira (dia 6)
Com recente enredo que inclui prisões de policiais militares e de motoristas de caminhões recheados com cargas milionária de cigarros contrabandeados do Paraguai, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu num único dia praticamente tudo que flagrou durante todo o ano passado.
Foram 410 mil pacotes encontrados num comboio de caminhões na última quarta-feira (dia 6). Em 2016, de janeiro a dezembro, o departamento apreendeu 458 mil pacotes. No ano passado, o maior número de apreensões foi em agosto de 2016: 161.116 pacotes.
Neste ano, até agora, foram recolhidos 1,2 milhão de pacotes de cigarro por equipes do DOF. Conforme dado divulgado pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o número de apreensões é crescente, com exceção para o mês de julho, quando o total foi zero.
Comboio – Os dois caminhões, três carretas e três bitrens lotados de cigarro do Paraguai foram interceptados no município de Maracaju, a 160 km de Campo Grande.
Os 410 mil pacotes encontrados nos oito caminhões renderiam, no varejo, pelo menos R$ 16 milhões, se levar em conta que cada um dos 4,1 milhões de maços custa, em média, R$ 4.
Os policiais encontraram quase R$ 33 mil em dinheiro com os motoristas presos. Na última quinta-feira (dia 7), o diretor do DOF, coronel Kleber Haddad Lane, disse poder afirmar que o dinheiro seria destinado ao pagamento de propinas durante o trajeto da carga até o destino. A suspeita surgiu logo após a apreensão da carga.
A Justiça Federal impôs uma fiança de R$ 1,4 milhão para os três motoristas da Máfia do Cigarro. Cinco condutores abandonaram as cargas e conseguiram fugir.
Prisões - Desde o dia primeiro de dezembro, sete policiais militares foram presos suspeitos de participação no esquema de contrabando.
No começo do mês, após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) receber denúncia da cobrança de R$ 150 mil para liberar um caminhão, foram presos o sargento Alex Duarte de Aguir e o cabo Rafael Marques da Costa. O flagrante foi no Jardim Tarumã, em Campo Grande. As prisões foram por corrupção passiva.
Na quinta-feira, mais cinco policiais entraram na mira da Corregedoria da PM por cobrança de propina de “cigarreiros”.