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Capital

“A gente perdoa, mas queremos ele preso”, diz irmã de Michelli

Michelli foi atropelada na última quinta-feira, em frente de casa, por motorista embriagado

Izabela Cavalcanti e Mariely Barros | 17/10/2022 11:38
Amigo e irmã de Michelli foram depor na manhã desta segunda-feira, na 5ª DP (Foto: Henrique Kawaminami)
Amigo e irmã de Michelli foram depor na manhã desta segunda-feira, na 5ª DP (Foto: Henrique Kawaminami)

“A gente perdoa, mas queremos ele preso”. Esse é o sentimento da terapeuta Wanessa Custódio, de 40 anos, irmã de Michelli Alves Custódio, de 36 anos, que morreu atropelada na Avenida Fábio Zahran, na noite da última quinta-feira (13).

Michelli morreu após ser atropelada em frente de casa por Charles de Goes Júnior, de 30 anos. Ela estava junto com dois amigos, Samanta Marques, de 38 anos, e Vitor Nunes, de 32 anos.

Os filhos de Michelli, de 8 e 10 anos, presenciaram o crime. Com isso, a família busca apoio psicológico e jurídico para amparar as crianças.

“Eu e a minha família estamos procurando apoio jurídico para as crianças. Vou arrumar um advogado para buscar os direitos dessa criança, porque esse homem tirou a pessoa que provia tudo para eles. Estou buscando psicólogo para atender as crianças. Esse dano psicológico não tem como reparar”, desabafa a irmã.

Michelli deixou dois filhos, após morrer atropelada na frente de casa (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Michelli deixou dois filhos, após morrer atropelada na frente de casa (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Wanessa lembra que no dia do acidente, ela ensinou o sobrinho a verificar os sinais vitais de uma pessoa. Como ele presenciou a morte da mãe, foi verificar se o coração estava batendo. “Ele disse para mim: ‘Eu fiz tudo que você me ensinou e o coração dela não batia mais’”, lembra.

Ainda de acordo com ela, o outro menino, de 8 anos, só chora e não quer comer. Ele sofre com asma crônica e precisa fazer tratamento semanal com medicamento que custa R$ 500.

Na manhã desta segunda-feira (17), Wanessa e Vitor foram depor na delegacia. A princípio a versão era de que Vitor havia se jogado em frente do carro para segurar o motorista. Mas, agora, lembrando de alguns episódios, ele conta que também foi vítima do atropelamento.

No acidente, ele rompeu todos os ligamentos da perna direita e perdeu todos os dentes. Assim como a família da Michelli, ele pretende entrar com ação para ajudar os meninos.

O caso está sendo investigado pela 5ª DP (Queinta Delegacia de Polícia de Campo Grande).

Vitor entrando na delegacia para depor (Foto: Henrique Kawaminami)
Vitor entrando na delegacia para depor (Foto: Henrique Kawaminami)

Entenda – Na quinta-feira (13), por volta das 01h40, Michelli foi chamada no portão da sua casa pela amiga que é travesti, ao qual prestava ajuda. No momento, da conversa foram atropeladas pelo motorista de um Renault Sandero.

O acidente ocorreu na Avenida Fábio Zahran, esquina com a Rua Ouro Branco, na Vila Carvalho.

O motorista Charles de Goes Júnior estava embriagado e foi preso em flagrante por homicídio simples e dirigir sob influência de álcool.

Ele tentou fugir, mas foi preso após o carro parou de funcionar uma quadra depois da batida. Teste do bafômetro resultou em 0,83 miligramas por litro de ar expirado.

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