Ação "mira" motoentregadores após mortes no trânsito
Das 11 acidentes com mortes este ano, oito eram de motociclistas; PM inicia atuação na segunda-feira (18)
A partir de segunda-feira (18), os motoentregadores estarão "na mira" da BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), em nova operação para averiguar a regularidade dos veículos e da documentação dos profissionais. A medida foi tomada por conta do número de acidentes e mortes envolvendo motos. Este ano, já foram registradas 12 mortes de motociclistas no trânsito.
Para o Batalhão, o aumento de motociclistas no trânsito tem uma explicação: o fenômeno dos aplicativos de entrega. Sendo eles as principais vítimas, tornou-se necessário o reforço nas campanhas de conscientização e legalização dos veículos em circulação.
Ainda segundo o BPMTran, a maioria das vítimas não tinha CNH, ou estava com o documento da moto vencido, além de acumularem multas. Também foram encontrados casos de uso de motocicleta furtada ou roubada.
"Muitos dos que se envolvem em acidentes de natureza grave são de aplicativos de entrega e, por estarem conduzindo motocicletas, se tornaram mais vulneráveis”, divulgou o batalhão, em nota.
Escolhidos - Quem enfrenta o trânsito de Campo Grande diariamente com a mochila de entrega nas costas, enxerga abordagens desse tipo como “seletivas” e que não surte efeito com quem está infringindo leis mais graves.
“Acho muito complicado isso, pois às vezes os caras pegam uma moto 'bob' só para conseguir trabalhar e ter uma renda. Tem que abordar um cara que dirige bêbado e não prejudica o trabalhador”, diz uma motoentregadora, que trabalha na região do Jardim dos Estados.
Outro motoentregador, de 19 anos, tem opção divergente da colega. Ele tirou a habilitação quando atingiu a maioridade e já começou na atividade, e nunca se envolveu em acidente grave. “Acho importante fiscalizar principalmente as condições das motos, pois se a moto está certinha, a corrida fica mais segura. É necessária sim a fiscalização”, defende o rapaz.
A campanha de fiscalização "Entrega Segura" colocará equipes policiais nas ruas para fiscalizações, mas não foi divulgada como serão as abordagens, se serão por blitz ou ordens de parada individuais.
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