Agesul assume reparo emergencial em obra do PAC feita pela Proteco
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) deu início às obras para fechar o buraco que começou a abrir há pelo menos dois meses no cruzamento da Rua das Árvores com a Avenida Lúdio Coelho, no trecho em frente ao conjunto habitacional Bonança.
A obra de asfalto do PAC Lagoa, que havia sido feita pela Proteco, empresa investigada na Operação Lama Asfáltica, foi concluída há cinco anos e há pelo menos dois, começou a apresentar problemas, tanto que um veículo chegou a cair na vala aberta.
Após vistoria de técnicos da prefeitura, foi constatado que o trecho não faz parte das obras da primeira etapa, sob responsabilidade da prefeitura levando o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Amilton de Oliveira, a enviar solicitação ao diretor-presidente da Agesul, Marcelo Miglioli, para que o órgão realizasse o reparo, cujo valor não foi informado pela assessoria da Agesul. Também não foi revelado o nome da empresa responsável pela recuperação do asfalto.
Segundo a assessoria, a Proteco foi notificada sobre a necessidade de realizar o reparo no dia 17 de novembro e tinha um prazo de cinco dias para se manifestar. Como resposta, a empresa alegou que precisaria de mais 15 dias para analisar a questão.
Frente a urgência do problema, a Agesul iniciou a obra através de uma empresa terceirizada. Ainda de acordo com aassessoria do órgão, o afundamento do asfalto ocorreu devido a uma tubulação rachada.
Antes do início das obras, os moradores da região chegaram a interditar o local utilizando uma sinalização improvisada, o que acarretava na lentidão do trânsito. O local onde se formou o buraco fica sobre um nascente que deságua no Lagoa.
Corrupção - A obra é investigada na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, em que aponta desvio de recursos públicos. Segundo a PF, a Proteco recorreu a meios suspeitos para afastar a vencedora da licitação, a Moviterra, e assumir o contrato da obra, de R$ 11,7 milhões, em 2009.
Para a CGU (Controladoria Geral da União), houve um prejuízo de R$ 4,8 milhões na execução da avenida pelo Estado.