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Capital

“Amanhã não terá ônibus na Capital”, avisa sindicato

Sem acordo com Consórcio Guaicurus para reajuste, patrões consideram greve ilegal e ameaçam acionar a Justiça

Gabriela Couto | 17/01/2023 10:33
Passageira em ponto de ônibus aguardando o transporte coletivo. (Foto: Caroline MaldonadoArquivo)
Passageira em ponto de ônibus aguardando o transporte coletivo. (Foto: Caroline MaldonadoArquivo)

O STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) decidiu paralisar o serviço de transporte coletivo nesta quarta-feira (18).

Após mais uma tentativa de negociação do reajuste salarial, com o Consórcio Guaicurus, na manhã desta terça-feira (17), os motoristas decidiram cruzar os braços.

“Amanhã (18), não haverá ônibus em Campo Grande. Só vamos voltar quando a empresa resolver sentar e definir de uma vez o reajuste. As negociações não avançaram e a empresa não quer mais sentar para negociar. Conforme dito, vamos cruzar os braços e parar o serviço. E é a única forma de negociar com nós”, afirmou o presidente da Federação de Transporte de Mato Grosso do Sul, Willian Alves da Silva.

A categoria afirma que trabalha para o Consórcio Guaicurus e não para a Prefeitura. “Eles falam que dependem da Prefeitura, mas nós não trabalhamos para o município. Trabalhamos para o Consórcio. À tarde eu volto a confirmar, para vocês nem saírem de casa. Podem ficar em casa dormindo”, acrescentou. Confira o áudio abaixo.

O presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, afirmou que durante a reunião foi comunicado pelos trabalhadores sobre a paralisação de amanhã. “O presidente do sindicato afirma que não vai esperar a definição do salário, já que não temos condição de fazer, porque não temos definida tarifa ainda. Aí eles disseram que a única medida é cruzar os braços amanhã. Mas isso é ilegal. Vamos entrar na Justiça contra a paralisação, por meio de um interdito proibitório”, disse Resende.

De acordo com ele, o problema é a demora do Município para definir o valor que será cobrado na tarifa do transporte público. “Por parte da Prefeitura, falta a definição da tarifa para que o transporte público funcione. Pedimos providência e não tivemos retorno. Hoje seria a última data legal para a Prefeitura definir essa tarifa, embora deveria ter sido 25 de outubro. A Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) que define a tarifa e repassaram R$ 7,79. Faz um ano que renovamos o valor. Agora a paralisação é uma tragédia anunciada”, concluiu. Veja a ata da reunião abaixo.


Por dia, 120 mil pessoas utilizam o transporte coletivo na Capital. A reportagem tentou contato com o diretor-presidente da Agereg, Odilon Junior, e não teve retorno. A assessoria de imprensa foi questionada sobre o problema e também não encaminhou nota resposta.


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